EVOLUÇÃO DA COLECISTECTOMIA: DA CIRURGIA ABERTA À ABORDAGEM ROBÓTICA

Resumo

A colecistectomia, procedimento cirúrgico para remoção da vesícula biliar, representa um marco na evolução das técnicas cirúrgicas, transitando da abordagem aberta tradicional para métodos minimamente invasivos, como a laparoscopia e, mais recentemente, a cirurgia robótica. Este artigo realiza uma revisão abrangente dessa trajetória, destacando os avanços tecnológicos, as vantagens e as limitações de cada técnica, com base em estudos publicados nos últimos cinco anos. A laparoscopia, introduzida na década de 1990, consolidou-se como padrão-ouro devido à redução do tempo de recuperação, menor dor pós-operatória e diminuição de complicações. No entanto, a cirurgia robótica surge como uma alternativa inovadora, oferecendo maior precisão, ergonomia para o cirurgião e visualização tridimensional, especialmente em casos complexos, como pacientes obesos ou com anatomia desfavorável. Apesar desses benefícios, desafios como custos elevados, curva de aprendizado acentuada e necessidade de infraestrutura especializada limitam sua disseminação. Esta revisão bibliográfica, baseada em fontes como PubMed, SciELO e MEDLINE, analisa criticamente a eficácia, segurança e custo-efetividade dessas abordagens. Os resultados indicam que, embora a laparoscopia permaneça a técnica mais acessível e amplamente utilizada, a robótica demonstra potencial para revolucionar o campo, principalmente em cenários de alta complexidade. Além disso, discute-se o papel emergente de tecnologias como inteligência artificial e instrumentos miniaturizados, que prometem otimizar ainda mais os resultados cirúrgicos. Portanto, a escolha da técnica deve considerar fatores como disponibilidade de recursos, experiência da equipe e características do paciente, enfatizando a importância de investimentos em treinamento e pesquisas futuras para consolidar a robótica como ferramenta viável em larga escala.