ENTRE PALAVRAS E AÇÕES – OS SABERES DA “PEDAGOGIA DA AUTONOMIA” DE PAULO FREIRE PARA TRANSFORMAR O ENSINO EM PRÁTICA VIVA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n2-135Keywords:
Pedagogia da Autonomia, Educação Dialógica, Práxis Educacional, Ensino EmancipadorAbstract
Ao longo de sua trajetória educacional, Paulo Freire destacou que determinados “saberes” são essenciais para transformar o ensino em uma prática que transcenda a lógica do capital, a “coisificação” do conhecimento e a “educação bancária”. Para Freire, não basta deter o conhecimento; é imprescindível mobilizá-lo de forma crítica e dialógica, possibilitando uma educação emancipadora que fomente a autonomia e a participação ativa dos sujeitos no processo de ensino-aprendizagem. Diante disso, questionamos: como os saberes da “Pedagogia da Autonomia” de Paulo Freire podem ser efetivamente incorporados ao cotidiano do ensino escolar, de modo a transformar a sala de aula em um espaço de práxis e emancipação crítica? Para responder a essa questão, fundamentamo-nos nas obras de Paulo Freire, cujas reflexões sempre orientaram seu fazer educativo, bem como em outros autores cujos trabalhos dialogam com suas concepções pedagógicas. Metodologicamente, a pesquisa adota uma abordagem qualitativa a partir de Minayo (2016), fundamentando-se na análise bibliográfica conforme Gil (1999) e na perspectiva analítica compreensiva de Weber (2009). Os achados indicam que a incorporação dos saberes freireanos ao cotidiano escolar exige uma prática pedagógica centrada na dialogicidade, no reconhecimento dos estudantes como sujeitos históricos e na superação das estruturas hierárquicas que reproduzem a opressão educacional. A pesquisa evidencia que a “Pedagogia da Autonomia” só se concretiza plenamente quando o professor se reconhece como mediador do conhecimento e agente de transformação social, ressignificando o ensino como prática viva e libertadora.