O PAPEL DAS TECNOLOGIAS EMERGENTES NA INCLUSÃO DIGITAL E EDUCACIONAL NA EDUCAÇÃO BÁSICA
Palavras-chave:
Inclusão Digital, Educação Básica, Tecnologias Emergentes, Educação Inclusiva, AcessibilidadeResumo
A Educação Inclusiva, consolidada como princípio central das políticas educacionais no Brasil e no mundo, enfrenta novos desafios diante da rápida expansão das tecnologias digitais. O propósito central é examinar os obstáculos e as possibilidades oferecidas por novas tecnologias para a inclusão digital e educacional de estudantes com deficiência na educação básica. A pesquisa bibliográfica recorreu a legislações nacionais, relatórios internacionais e produções acadêmicas recentes, organizando as evidências a partir da análise de conteúdo. Os achados revelaram que a presença de marcos legais, como a Lei Brasileira de Inclusão (2015) e a Base Nacional Comum Curricular (2018), confere sustentação normativa à inclusão digital, mas sua aplicação prática ainda encontra limitações significativas. Foram identificadas barreiras estruturais relacionadas à carência de infraestrutura tecnológica, à ausência de formação docente contínua e às desigualdades de acesso, sobretudo em regiões de maior vulnerabilidade. Em contrapartida, constatou-se que o uso crítico de tecnologias emergentes, como inteligência artificial, realidade aumentada e softwares acessíveis, amplia possibilidades de personalização do ensino, autoria multimodal e protagonismo discente. Outro achado relevante foi que práticas pedagógicas colaborativas e interdisciplinares favorecem o engajamento dos estudantes com deficiência, transformando o digital em experiência significativa. Também se evidenciou que iniciativas que integram políticas públicas, comunidade escolar e famílias apresentam maior efetividade, ao passo que programas fragmentados tendem a perder força. Os resultados reforçam que a inclusão digital deve ser compreendida como projeto coletivo, enraizado em contextos sociais e culturais diversos.
