WHO SUSTAINS CIRCULARITY? THE INVISIBILIZATION OF WASTE PICKERS' LABOR IN THE PLASTIC VALUE CHAIN

Authors

  • Aline Leite Dias Author
  • Márcia Cristina Moreira Paranhos Author
  • Marcelo Alves de Souza Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n11-036

Keywords:

Waste Pickers, Circular Economy, Plastic Value Chain, Invisible Labor, Environmental Justice, Plastic Waste

Abstract

The growing environmental crisis associated with plastic waste highlights the limits of the linear model of production and consumption, based on intensive resource extraction and continuous disposal. In this context, recycling has been presented as a strategic solution for mitigating environmental impacts and promoting the transition toward a circular economy. However, the Brazilian reality reveals a profound gap between the circularity envisioned in corporate and public policy discourses and the one sustained, in practice, by the precarious labor of waste pickers. Grounded in Ecological Economics and Environmental Justice, this article analyzes the structural contradictions of the plastic value chain in Belo Horizonte, focusing on the invisibilization of labor that sustains the return of materials to the productive cycle. The methodology combined a literature review and field research, with systematic observation of sorting operations in recycling cooperatives and characterization of the reject fraction, totaling 4,422 classified items. The results show that the recyclability promoted by the productive sector does not fully translate into real recyclability: poor-quality packaging, polymer heterogeneity, contamination, and logistical limitations increase the volume of materials without economic value, transferring operational costs and environmental risks to the most vulnerable link in the chain. These findings confirm that, although environmentally necessary, recycling currently operates with low systemic efficiency and violates the principles of socio-environmental justice by reproducing historical inequalities and deepening the exploitation of those who sustain urban circularity. It is concluded that strengthening the circular economy depends on recognizing and valuing the environmental service provided by waste pickers, promoting innovation in product design, investing in adequate infrastructure, and developing regulatory and economic instruments aimed at inclusion, redistribution of power within the recycling chain, and mitigation of social and environmental externalities. The ecological transition, therefore, goes beyond the technological modernization of the waste market: it constitutes a political and social process that challenges market logic and will only become effective when the invisible labor at the base of the chain is acknowledged and fairly compensated.

Downloads

Download data is not yet available.

References

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10007: amostragem de resíduos sólidos. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

ABNT – ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 13230: embalagens e acondicionamentos plásticos recicláveis – identificação e simbologia. Rio de Janeiro: ABNT, 2008.

ALLEN, M. et al. Corporate Greenwashing and the Crisis of Sustainability. Environmental Policy Studies Journal, v. 32, n. 1, p. 44–61, 2024.

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução RDC nº 429, de 8 de outubro de 2020. Dispõe sobre a rotulagem nutricional dos alimentos embalados. Brasília, DF: ANVISA, 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/resolucao-rdc-n-429-de-8-de-outubro-de-2020-282070599

. Acesso em: 12 out. 2025.

ANVISA – AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Instrução Normativa nº 75, de 8 de outubro de 2020. Estabelece os requisitos técnicos para declaração da rotulagem nutricional dos alimentos embalados. Brasília, DF: ANVISA, 2020. Disponível em: https://www.in.gov.br/en/web/dou/-/instrucao-normativa-n-75-de-8-de-outubro-de-2020-282070629

. Acesso em: 12 out. 2025.

BARBIER, René. A pesquisa-ação. Tradução de Lucie Didio. Brasília: Plano, 2002.

BARBOSA, A. et al. Eficiência e produtividade na gestão de resíduos sólidos urbanos no Brasil. Revista de Administração Pública, v. 59, n. 2, p. 200–225, 2025.

BARROS, Raphael Tobias Vasconcelos. Elementos de gestão de resíduos sólidos. 1. ed. Belo Horizonte: Tessitura, 2012.

BELO HORIZONTE. Lei nº 10.534, de 13 de fevereiro de 2012. Dispõe sobre a coleta seletiva no Município de Belo Horizonte. Belo Horizonte: Prefeitura Municipal, 2012.

BESEN, Gina Rizpah. Gestão de resíduos sólidos urbanos: avanços e desafios. São Paulo: Annablume, 2017.

BRASIL. Lei nº 12.305, de 2 de agosto de 2010. Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos. Brasília, DF: Presidência da República, 2010.

BRASIL. Decreto nº 10.936, de 12 de janeiro de 2022. Regulamenta a Lei nº 12.305/2010. Brasília, DF: Presidência da República, 2022a. DOI: https://doi.org/10.18226/22370021.v12.n2.01

BRASIL. Decreto nº 11.300, de 21 de dezembro de 2022. Dispõe sobre a logística reversa de embalagens de vidro. Brasília, DF: Presidência da República, 2022b.

BRASIL. Decreto nº 12.106, de 14 de maio de 2024. Regulamenta a Lei de Incentivo à Reciclagem. Brasília, DF: Presidência da República, 2024.

CARDOZO, Fabio Luiz. Circularidade do plástico na prática: um inventário do rejeito em cooperativas de catadores. 2024. Dissertação (Mestrado em Sustentabilidade) – Universidade de São Paulo, Escola de Artes, Ciências e Humanidades, Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade, São Paulo, 2024.

CONAMA – CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE. Resolução nº 275, de 25 de abril de 2001. Estabelece o código de cores para diferentes tipos de resíduos na coleta seletiva. Brasília, DF: CONAMA, 2001.

DALY, Herman; FARLEY, Joshua. Economia ecológica: princípios e aplicações. Tradução de Ademar Ribeiro Romeiro et al. São Paulo: Annablume Cidadania e Meio Ambiente, 2016.

DIAS, Aline Leite. Rejeitos e limites da circularidade: impactos nas organizações de catadores. 2025. Dissertação (Mestrado em Inovação Tecnológica) – Universidade Federal de Minas Gerais, Belo Horizonte, 2025.

DU TERTRE, Christian. Économie servicielle et travail: contribution théorique au développement d'une économie de coopération. Travailler, n. 29, p. 29–64, 2013. DOI: https://doi.org/10.3917/trav.029.0029

FUNDAÇÃO HEINRICH BÖLL. Atlas do plástico: fatos e números sobre o mundo dos polímeros. Rio de Janeiro: Fundação Heinrich Böll, 2020.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

GONÇALVES, Juliana; CAMPOS, Larissa. Bolsa Reciclagem: uma política pública de valorização do trabalho dos catadores. Belo Horizonte: UFMG, 2021.

GRIMBERG, E. Rejeitos de plásticos: estudo sobre impactos e responsabilidades. São Paulo: Instituto Pólis, 2021.

INSTITUTO PÓLIS. Caracterização gravimétrica dos rejeitos gerados pelas cooperativas do Município de São Paulo. São Paulo: Instituto Pólis, 2021.

IPEA – INSTITUTO DE PESQUISA ECONÔMICA APLICADA. Pagamento por serviços ambientais urbanos para a gestão de resíduos sólidos. Brasília: IPEA, 2010.

LIMA, Francisco de Paula Antunes; SOUZA, Marcelo; TOFFANELLI, Vivian; SILVA, Viviane Zerlotini; OLIVEIRA, Fabiana Goulart de; GONÇALVES, Juliana. Por um novo metabolismo territorial: o lixo urbano como recurso para o desenvolvimento social e sustentável. Soziale Passagen, v. 12, p. 291–311, 2020. DOI: https://doi.org/10.1007/s12592-020-00363-0

LIMA, Francisco de Paula Antunes; CAMPOS, Larissa Sousa; SOUZA, Marcelo Alves de; GONÇALVES, Juliana Teixeira; SILVA, Diogo Tunes Alvares da. O caso de Belo Horizonte e experiências conexas. In: Coleta seletiva de resíduos sólidos urbanos: experiências internacionais e nacionais. São Paulo: Blucher, 2022. DOI: https://doi.org/10.5151/9786555502411-10

MACIEL, J. P.; BUENO, A. B.; MORAES, C. A. M. Análise de resíduos sólidos classificados como rejeitos em quatro unidades de triagem no RS: embalagens poliméricas. Revista Eletrônica de Gestão e Tecnologias Ambientais (GESTA), v. 11, n. 2, p. 122–136, 2023. DOI: https://doi.org/10.9771/gesta.v0i2.55326

MNCR – MOVIMENTO NACIONAL DOS CATADORES DE MATERIAIS RECICLÁVEIS. 22 anos de luta e organização. [S. l.], 14 jun. 2023. Disponível em: https://www.mncr.org.br/noticias/mncr-22-anos-de--luta-e-organizacao

. Acesso em: 15 jun. 2023.

PLANET TRACKER. Plastic Promises: how corporate greenwashing distorts recycling commitments. London: Planet Tracker, 2024.

SCHWENGBER, D.; CARDOSO, J. C.; MACIEL, J. P.; PASQUALETO, K. C. (org.). Educação ambiental: atividades práticas alinhadas aos ODS. Porto Alegre: CirKula, 2021.

SILVA, A. C. M. Identificação de materiais nas embalagens de café: símbolos visuais de sustentabilidade e corresponsabilidade do consumidor. [S. l.: s. n.], 2023.

TAN, Quanyin et al. Complexities of the global plastics supply chain revealed in a trade-linked material flow analysis. Communications Earth & Environment, v. 6, n. 169, 2025. DOI: https://doi.org/10.1038/s43247-025-02169-5 DOI: https://doi.org/10.1038/s43247-025-02169-5

THIOLLENT, Michel. Metodologia da pesquisa-ação. 18. ed. São Paulo: Cortez, 2011.

TIETENBERG, Tom; LEWIS, Lynne. Environmental and natural resource economics. 11th ed. New York: Routledge, 2018. DOI: https://doi.org/10.4324/9781315208343

TRIPP, David. Pesquisa-ação: uma introdução metodológica. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 31, n. 3, p. 443–466, 2005. DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300009 DOI: https://doi.org/10.1590/S1517-97022005000300009

Published

2025-11-06

Issue

Section

Articles

How to Cite

DIAS, Aline Leite; PARANHOS, Márcia Cristina Moreira; DE SOUZA, Marcelo Alves. WHO SUSTAINS CIRCULARITY? THE INVISIBILIZATION OF WASTE PICKERS’ LABOR IN THE PLASTIC VALUE CHAIN. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 11, p. e9675, 2025. DOI: 10.56238/arev7n11-036. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/9675. Acesso em: 5 dec. 2025.