INTERFERÊNCIA DE AGONISTAS DE GLP-1 NA ANESTESIA GERAL E ODONTOLÓGICA: UMA ANÁLISE DE OZEMPIC

Autores

  • Pedro Guimarães Sampaio Trajano dos Santos Autor
  • Rosana Maria Coelho Travassos Autor
  • Vanessa Lessa Cavalcanti de Araújo Autor
  • Jhony Herick Cavalcanti Nunes Autor
  • Verônica Maria de Sá Rodrigues Autor
  • Josué Alves Autor
  • Priscila Prosini Autor
  • Mônica Maria de Albuquerque Pontes Autor
  • William Jose Lopes de Freitas Autor
  • Gustavo Moreira de Almeida Autor
  • Luciane Farias de Araujo Autor
  • Luciano Barreto Silva Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n6-270

Palavras-chave:

Agonistas do Receptor do Peptídeo 1 Semelhante ao Glucagon, Anestesia Dentária, Anestesia, Odontologia

Resumo

Objetivo: O objetivo desta revisão narrativa da literatura é abordar as potenciais dificuldades enfrentadas por pacientes em uso de agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon-1 (GLP-1) durante procedimentos sob anestesia geral e odontológica, com ênfase nas implicações clínicas e farmacológicas desses medicamentos no contexto anestésico. Metodologia: Para a coleta de dados, foram realizadas buscas em bases de dados eletrônicas, incluindo PubMed, PROSPERO, SciELO, The Cochrane Library e ScienceDirect, além do Google Acadêmico como ferramenta complementar. Os termos de busca utilizados envolveram combinações de "agonistas do GLP-1", "anestesia geral", "anestesia odontológica", "manejo perioperatório" e "complicações". Resultados: Os estudos analisados indicam que o uso de agonistas do GLP-1, como liraglutida, semaglutida e dulaglutida, pode estar associado a efeitos adversos gastrointestinais, como náuseas, vômitos e gastroparesia. Esses efeitos podem interferir diretamente no jejum pré-operatório e no esvaziamento gástrico, aumentando o risco de aspiração pulmonar durante a anestesia geral. Além disso, durante procedimentos odontológicos, há relatos de hipoglicemia em pacientes diabéticos mal monitorados, principalmente quando há jejum prolongado associado ao uso de insulina ou outros antidiabéticos. A literatura também destaca a necessidade de ajuste ou suspensão temporária da medicação antes de procedimentos cirúrgicos eletivos, uma vez que ainda não existem protocolos padronizados, sendo recomendada avaliação individualizada. No contexto odontológico, o controle glicêmico e a coordenação entre as equipes médica e odontológica são essenciais para minimizar os riscos intra e pós-operatórios. Conclusão: O uso de agonistas de GLP-1 representa um importante avanço no controle glicêmico de pacientes com diabetes tipo 2, mas seu uso contínuo tem implicações relevantes no manejo anestésico, tanto geral quanto odontológico. A presença de gastroparesia, riscos aumentados de aspiração e alterações metabólicas reforçam a necessidade de avaliação pré-operatória rigorosa e multidisciplinar.

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Publicado

2025-06-23

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

DOS SANTOS, Pedro Guimarães Sampaio Trajano et al. INTERFERÊNCIA DE AGONISTAS DE GLP-1 NA ANESTESIA GERAL E ODONTOLÓGICA: UMA ANÁLISE DE OZEMPIC. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 6, p. 33670–33680, 2025. DOI: 10.56238/arev7n6-270. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/6097. Acesso em: 5 dez. 2025.