BOY WITH SIRICUTICS: WHAT DOES THE BODY OF A RESTLESS CHILD TELL US?

Authors

  • Débora Cristina Guerra de Araújo Vale Author
  • Ana Karina da Silva Azevedo Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n9-283

Keywords:

Childhood, ADHD, Phenomenology

Abstract

The popular Northeastern term "siricutico" designates an intense bodily restlessness and helps us understand childhood agitation beyond biomedical reductions. A historical-cultural reading of childhood highlights the fragility and variability of diagnostic labels over time. This study discusses childhood agitation in light of Martin Heidegger's hermeneutic phenomenology, considering the child as Dasein and bodily movement as the language of existence. The research was shaped by the master's thesis supervised by Azevedo and Vale (2022), in which we present as the protagonist a nine-year-old boy diagnosed with ADHD. In this investigation, we consider his speech, drawings, games, and gestures observed in a clinical-playful context. The child's perspective indicates that agitation is not reduced to biological aspects of the diagnosis: it expresses pain, guilt, sadness, and the feeling that his actions are always interpreted as errors. In this sense, "siricutico" illuminates a pulsating corporeality resistant to the normative containment of a society that represses children's expressive forms. This work seeks to broaden our understanding of childhood beyond diagnostic and disciplinary boundaries, inviting us to reflect on practices that support listening and recognition of the child-being. We propose shifting the focus from pathologization to listening to the agitated body as a plea for existence, articulating clinical and pedagogical implications, such as understanding the child beyond the disciplinary model, supporting practices that embrace the corporeal, and recognizing the historicity of the namings that affect children's bodies.

Downloads

Download data is not yet available.

References

American Psychiatric Association. (2014). Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais (M. I. C. Nascimento, Trad.; 5ª ed.). Artmed.

Ariès, P. (1978). História social da criança e da família (2ª ed.). LTC.

Arendt, H. (1975). Entre o passado e o futuro (5ª ed.). Perspectiva.

Azevedo, A. K. D. S., & Vale, D. C. G. D. A. (2024). Experiência de ser criança com TDAH: compreensão hermenêutica-heideggeriana. Revista Latinoamericana de Psicopatologia Fundamental, 27, e220742.

Barkley, R. A. (2002). Transtorno de déficit de atenção/hiperatividade: guia completo e autorizado para os pais. Artmed.

Brasil. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. (1998). Parâmetros Curriculares Nacionais: Brasília, DF: MEC/SEF.

Buss-Simão, M. (2019). Corporeidade e educação: possibilidades de reintegração do corpo e do movimento nos processos formativos. Revista Brasileira de Estudos Pedagógicos, 100(255), 98–116.

Camargo, G. B., & Garanhani, M. C. (2025). O corpo criança e o corpo adulto na pesquisa com crianças. Práxis Educativa, 20.

Carvalho, M. T. F. de, Bolliger, M. M., Levy, T. M., & Hidalgo, L. A. D. (2021). Psicologia, infância e políticas públicas. Cortez.

Cascudo, L. C. (2001). Dicionário do falar nordestino (3ª ed.). Global.

Eagleton, T. (2005). A ideia de cultura. UNESP.

Foucault, M. (2001). Os anormais: curso no Collège de France (1974-1975) (E. Brandão, Trad.). Martins Fontes.

Foucault, M. (2002). Vigiar e punir: nascimento da prisão (R. Ramalhete, Trad.; 26ª ed.). Vozes.

Heidegger, M. (1999). Carta sobre o humanismo (E. Stein, Trad.). Centauro. (Obra original publicada em 1947)

Heidegger, M. (2009). Introdução à filosofia (M. Casanova, Trad.). Editora WMF Martins Fontes.

Heidegger, M. (2017). Os seminários de Zollikon (E. F. Moura & A. N. da Costa, Trads.). Forense Universitária.

Heidegger, M. (2020). Ser e tempo (M. S. C. Schuback, Trad.; 2ª ed.). Vozes.

Le Breton, D. (2009). A sociologia do corpo (6ª ed.). Vozes.

Melo, M. B. D., & Azevedo, A. K. S. (2025). Compreensões Fenomenológico-Existenciais acerca da Experiência de Suicídio na Infância:“E Existe?”. Psicologia: Ciência e Profissão, 45, e278009.

Moysés, M. A. A., & Collares, C. A. L. (2011). O lado escuro da dislexia e do TDAH. In Conselho Federal de Psicologia (Org.), A exclusão dos incluídos: Uma crítica da psicologia da educação à patologização e medicalização dos processos educativos (pp. 103–153). EDUEM.

Patto, M. H. S. (2022). A produção do fracasso escolar: histórias de submissão e rebeldia. Editora 34.

Prout, A. (2006). Corpo, infância e sociedade. In A. James & A. Prout (Orgs.), Construindo e reconstruindo a infância: novas direções sociológicas na área da infância (2ª ed., pp. 125–140). Artmed.

Vale, D. C. G. A. (2022). Experiência de ser-criança com TDAH: compreensão hermenêutico‑heideggeriana [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Norte]. Repositório Institucional da UFRN.

Published

2025-09-26

Issue

Section

Articles

How to Cite

VALE, Débora Cristina Guerra de Araújo; AZEVEDO, Ana Karina da Silva. BOY WITH SIRICUTICS: WHAT DOES THE BODY OF A RESTLESS CHILD TELL US?. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 9, p. e8451, 2025. DOI: 10.56238/arev7n9-283. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/8451. Acesso em: 5 dec. 2025.