MUDANÇAS CLIMÁTICAS E VULNERABILIDADE RESPIRATÓRIA: INTERSEÇÕES ENTRE DESIGUALDADE SOCIAL, SAÚDE E MEIO AMBIENTE
Palavras-chave:
Mudanças Climáticas, Poluição do Ar, Vulnerabilidade Social, Doenças RespiratóriasResumo
Introdução: As mudanças climáticas intensificam ondas de calor, queimadas e poluição atmosférica, agravando doenças respiratórias e ampliando desigualdades sociais. No Brasil, regiões como a Amazônia enfrentam concentrações de PM₂,₅ até 40% superiores à média, refletindo um cenário de injustiça ambiental e vulnerabilidade sanitária.
Objetivo: Discutir como as mudanças climáticas ampliam desigualdades sociais e agravam agravos respiratórios, propondo uma abordagem de saúde ambiental pautada na equidade e na justiça climática.
Metodologia: Revisão integrativa (2020–2025) baseada em artigos das bases SciELO, BVS e PubMed, com descritores como “mudanças climáticas”, “poluição do ar”, “desigualdade social” e “doenças respiratórias”, conforme estrutura PICOS.
Resultados e discussão: Eventos extremos aumentaram em até 25% as internações por asma e DPOC nas regiões Norte e Centro-Oeste. Populações de baixa renda e crianças foram as mais afetadas. Comunidades amazônicas próximas a queimadas apresentaram prevalência de DPOC 30% maior. A desigualdade socioeconômica surge como determinante central na exposição e no desfecho dos agravos respiratórios.
Considerações finais: Os achados reforçam que os impactos climáticos não se distribuem igualmente, exigindo políticas públicas intersetoriais e equitativas. Integrar saúde, meio ambiente e justiça social é essencial para fortalecer a resiliência comunitária e avançar nos ODS 3, 10 e 13.