ANÁLISE DA FORMAÇÃO DO PROFISSIONAL DE RELAÇÕES INTERNACIONAIS NA REGIÃO SUDESTE DO BRASIL: DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA UMA NOVA ERA DIGITAL
Palavras-chave:
Relações Internacionais, Formação Profissional, Inovação Curricular, Interdisciplinaridade, Região SudesteResumo
O artigo analisa os currículos dos cursos de Relações Internacionais da região Sudeste do Brasil. A pesquisa documental identifica a base teórica comum entre as Instituições de Ensino Superior (IES), fundamentada em disciplinas clássicas como Teoria das Relações Internacionais, Direito Internacional e Economia, mas revela distintas abordagens pedagógicas e níveis de inserção de práticas contemporâneas. Universidade Federal de Uberlândia - UFU e Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG se destacam pela ênfase prática, inclusão de competências digitais, negociação internacional e inovação, demonstrando maior alinhamento com o mercado global. Por outro lado, a Universidade de São Paulo - USP e a Universidade Estadual Paulista - UNESP priorizam a formação teórica e acadêmica, com menor integração de conteúdos aplicados e tecnológicos. Entrevistas de profundidade com profissionais e docentes da área apontam que a elaboração das ementas é influenciada pelo perfil institucional, contexto regional e grau de atualização temática. A interdisciplinaridade é reconhecida, mas ainda carece de transversalidade metodológica. A título de considerações finais, conclui-se que há uma necessidade urgente de revisão curricular para contemplar temas como ESG, letramento digital e diplomacia tecnológica. Reforça-se a importância de projetos pedagógicos mais híbridos, com interdisciplinaridade e transversalidade metodológica, capazes de atuar em ambientes internacionais complexos e digitais.
