PENSAR O PORVIR COMO COMPETÊNCIA: PROPOSTA DE LITERACIA DE FUTUROS E DESIGN DE CENÁRIOS ARTICULADOS ÀS CIÊNCIAS SOCIAIS NA ESCOLA
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.029-015Palavras-chave:
Literacia de Futuros, Foresight na Educação, Design de CenáriosResumo
Este artigo argumenta que, diante da aceleração sociotécnica e da ubiquidade da IA, formar estudantes para “pensar o porvir” é uma competência estruturante do currículo. A partir de uma revisão narrativa de escopo com fontes científicas revisadas por pares, propomos a institucionalização de Laboratórios de Foresight como eixo formativo: inicia-se com literacia de futuros na educação básica e avança, no ensino superior, para metodologias formais (horizon scanning, futures wheel, cenários, backcasting). A proposta articula métodos de antecipação às Ciências Sociais, integrando análise de valores, poder e desigualdades, e apresenta uma arquitetura em camadas, uma sequência didática (sensibilização → scanning → sensemaking → cenários → backcasting → plano de ação → reflexão ética), critérios de avaliação de competências (pensamento sistêmico, imaginação responsável, deliberação ética) e um roteiro de implementação em 12 meses. A síntese da literatura indica ganhos em engajamento, relevância curricular e agência estudantil, e aponta desafios de formação docente, avaliação e governança de dados. Conclui-se que os Laboratórios de Foresight fortalecem a missão pública da escola ao desenvolver capacidades para compreender, discutir e escolher entre futuros possíveis, plausíveis, prováveis e preferíveis.