A INFLUÊNCIA MULTIFORME DA INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL NO ENSINO DE QUÍMICA NAS ESCOLAS DE ENSINO MÉDIO DA REDE PÚBLICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.029-011Palavras-chave:
Inteligência Artificial, Ensino de Química, Ensino Médio, Rede Pública, Benefícios, Malefícios, Tecnologia EducacionalResumo
O presente artigo científico aborda a influência da inteligência artificial (IA) no ensino de química nas escolas de ensino médio da rede pública de educação, com o objetivo de analisar seus benefícios e malefícios nesse contexto específico. A pesquisa emprega uma abordagem metodológica de revisão bibliográfica, examinando estudos de acesso aberto que discutem a aplicação da IA no ensino de ciências e, particularmente, de química, com foco no ensino médio. A coleta de dados envolveu a busca e seleção de artigos científicos, anais de eventos e outras publicações relevantes em plataformas como Google Scholar e SciELO, utilizando palavras-chave relacionadas à IA, ensino de química e educação pública. A análise dos estudos selecionados buscou identificar as principais aplicações da IA, seus potenciais ganhos pedagógicos e os desafios e limitações para sua implementação na rede pública. Os principais resultados da pesquisa evidenciam que a IA oferece oportunidades para a personalização do aprendizado, o aumento do engajamento estudantil através de recursos interativos e a otimização do trabalho docente por meio da automação de tarefas e do fornecimento de feedback. Verifica-se, contudo, que a implementação da IA na rede pública esbarra em questões cruciais como a desigualdade de acesso à infraestrutura tecnológica, a necessidade de formação adequada dos professores para o uso eficaz dessas ferramentas e o risco de exacerbar as disparidades existentes no sistema educacional. Adicionalmente, a pesquisa aponta para a preocupação com a desumanização do processo de ensino-aprendizagem, a privacidade dos dados dos alunos e o potencial para a super dependência tecnológica. Conclui-se que, embora a IA possua um potencial significativo para transformar o ensino de química na rede pública, sua implementação bem-sucedida e equitativa requer planejamento cuidadoso, investimentos estratégicos e a consideração das particularidades do contexto educacional brasileiro, priorizando a formação docente e o acesso universal à tecnologia, de modo a maximizar os benefícios e mitigar os riscos associados a essa inovação.