TECNOLOGIAS ASSISTIVAS E INOVAÇÃO PEDAGÓGICA: FERRAMENTAS PARA INCLUSÃO EFETIVA
Palavras-chave:
Inclusão, Inovação, Tecnologias AssistivasResumo
O debate sobre tecnologias assistivas no campo educacional tem ganhado crescente relevância, sobretudo no contexto das discussões sobre inovação pedagógica e inclusão efetiva. A escola, como espaço de construção coletiva do conhecimento, enfrenta o desafio de assegurar condições de aprendizagem para todos os estudantes, independentemente de suas limitações físicas, sensoriais ou cognitivas. Nesse sentido, as tecnologias assistivas se configuram como instrumentos capazes de mediar a participação ativa dos alunos, ampliando sua autonomia e favorecendo a equidade de oportunidades no ambiente escolar. De acordo com Bersch (2017), tais tecnologias não devem ser vistas apenas como recursos técnicos, mas como elementos que ampliam a comunicação, a expressão e o acesso à informação. Essa visão dialoga com a perspectiva de Freire (1996), para quem o processo educativo exige a valorização da diversidade humana e a criação de condições que assegurem a inclusão como prática democrática. Ao mesmo tempo, a integração de ferramentas digitais no cotidiano escolar, quando guiada por princípios pedagógicos consistentes, possibilita inovação na prática docente e no modo como o conhecimento é produzido e compartilhado. Autores como Moran (2018) destacam que a inovação pedagógica não se limita à adoção de novas tecnologias, mas envolve a transformação das metodologias e a busca por aprendizagens mais significativas. Assim, a presença das tecnologias assistivas em sala de aula demanda planejamento, formação de professores e políticas públicas que favoreçam sua implementação. Mais do que um recurso pontual, trata-se de um caminho para consolidar uma cultura inclusiva, que reconheça a diferença como parte fundamental do processo educativo. Portanto, a combinação entre tecnologias assistivas e inovação pedagógica pode ser compreendida como uma estratégia vital para tornar a escola um espaço de pertencimento, participação e justiça social, reforçando o compromisso com uma educação verdadeiramente inclusiva.
