LEVANTAMENTO FITOSSOCIOLÓGICO EM ÁREAS DE PASTAGENS IMPLANTADAS COM GRAMÍNEAS DO GÊNERO BRACHIARIA EM DIFERENTES RELEVOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-152Palavras-chave:
Plantas daninhas, Fitossociologia, Composição florística, ForrageiroResumo
O setor agropecuário é essencial para a economia brasileira, contribuindo com 26% da receita bruta em 2021 e 24,8% em 2022. O Brasil, maior produtor mundial de carne bovina, depende das pastagens como principal fonte de alimento para seu gado, com o capim Brachiaria desempenhando um papel significativo. papel. A gestão inadequada destas áreas conduz muitas vezes à degradação, caracterizada pela proliferação de ervas daninhas, que requerem intervenção. O estudo foi realizado com o objetivo de fazer um levantamento fitossociológico em áreas de pastagem com diferentes altitudes para avaliar a composição florística e identificar o potencial forrageiro ou características nocivas das espécies presentes. Foram realizados levantamentos fitossociológicos em pastagens do IFES – Campus Santa Teresa, ES, em duas áreas com feições topográficas distintas (morro e planície). As espécies foram identificadas e classificadas como palatáveis, tóxicas ou não palatáveis. As amostragens ocorreram durante as estações seca (inverno) e chuvosa (verão), e as espécies foram quantificadas de acordo com frequência, densidade e abundância. Foram identificadas 47 espécies distribuídas em 14 famílias. A família Fabaceae foi a mais prevalente, seguida por Amaranthaceae e Malvaceae. Alysicarpus vaginalis (IVI 49,06) foi dominante na área de morro (Área A), enquanto Cyperus rotundus (IVI 115,25) se destacou na área de planície (Área B). O índice de similaridade entre as áreas foi de 26,42%. O estudo destacou a diversidade de espécies em pastagens de Brachiaria, enfatizando a necessidade de manejo direcionado para controlar plantas não palatáveis e tóxicas e, ao mesmo tempo, otimizar o potencial forrageiro. A baixa similaridade entre as áreas sugere dinâmicas ecológicas distintas.