MORTALIDADE POR DOENÇAS DO SISTEMA CIRCULATÓRIO NO PARAGUAI: ANÁLISE POR GRUPOS ETÁRIOS (2016–2021)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-044Palavras-chave:
Doenças do Sistema Circulatório, Mortalidade, Séries Temporais, ParaguaiResumo
Doenças do sistema circulatório (DSC) continuam sendo uma das principais causas de morte no mundo, especialmente em países de renda média e baixa, como o Paraguai. Esse cenário está ligado ao envelhecimento populacional, ao aumento de fatores de risco como hipertensão e diabetes, e também às desigualdades no acesso à saúde. Entre 2016 e 2021, os óbitos por DSC no Paraguai cresceram de 8.224 para 10.435, um aumento de quase 27%. A grande maioria das mortes ocorreu em pessoas com 60 anos ou mais (mais de 80%), seguidas pelos adultos de meia-idade. A projeção para os próximos anos mostra que, até 2031, as mortes podem ultrapassar 14 mil, com maior impacto ainda entre idosos, mas também com crescimento progressivo entre adultos mais jovens. Apesar da existência de programas de prevenção e promoção da saúde, algo não está progredindo como deveria: em vez de reduzir, o número de mortes continua crescendo, o que indica falhas na efetividade das ações ou na capacidade de atingir de forma adequada as populações mais expostas ao risco. Assim, mesmo com a proporção de mortalidade relativamente estável, o número absoluto de casos tende a crescer, pressionando cada vez mais os serviços de saúde. Isso reforça a urgência de investir em prevenção precoce, promoção do envelhecimento saudável e atenção especial a grupos mais vulneráveis. O estudo mostra que enfrentar esse desafio exige políticas públicas integradas, capazes de reduzir desigualdades sociais e atuar em diferentes gerações. Monitorar continuamente os indicadores e adotar medidas de prevenção pode ajudar a reduzir os números de casos de DSC e melhorar a qualidade de vida da população paraguaia.
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