MICROBIOLOGIA UTERINA E SUSCEPTIBILIDADE ANTIMICROBIANA EM ÉGUAS COM ENDOMETRITE: ACHADO INÉDITO DE BORDETELLA SP.
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n9-172Palavras-chave:
Endometrite, Útero, Égua, Mangalarga MarchadorResumo
A endometrite é uma das principais causas de subfertilidade em éguas, resultando em falhas reprodutivas e perdas econômicas significativas. Este estudo teve como objetivo identificar os microrganismos associados à endometrite em éguas da raça Mangalarga Marchador, bem como avaliar o perfil de sensibilidade antimicrobiana dos agentes bacterianos isolados. Foram analisadas amostras uterinas de 52 éguas com histórico de subfertilidade, coletadas por meio de lavagem uterina asséptica durante a estação reprodutiva de 2024/2025, no município de Campos dos Goytacazes (RJ). Um total de 35 microrganismos foram isolados, sendo 24 bactérias e 11 fungos. Entre os agentes bacterianos mais prevalentes destacaram-se Escherichia coli, Streptococcus equi e Pseudomonas aeruginosa. A presença de Bordetella spp. foi registrada pela primeira vez em amostra uterina equina, levantando hipóteses sobre contaminação iatrogênica associada a práticas reprodutivas. O perfil de resistência antimicrobiana revelou maior resistência à cefalexina, cefotaxima e enrofloxacina, enquanto neomicina, doxiciclina e amicacina demonstraram maior eficácia in vitro. Os achados reforçam a importância da identificação microbiológica e do uso de antibiogramas para o direcionamento terapêutico, além da necessidade de protocolos rigorosos de biossegurança em biotecnologias da reprodução.
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