CARACTERIZAÇÃO DO AMBIENTE UTERINO EM ÉGUAS RECEPTORAS ACÍCLICAS DE EMBRIÕES

Resumo

Foram avaliadas 19 éguas sadias em anestro sazonal quando submetidas à progesterona de longa ação em duas diferentes doses. Baseados nestas condições, dois grupos experimentais foram conformados e avaliados em diferentes tempos. Foram estudadas as seguintes características: concentração de P4 plasmática mediante radioimunoensaio (RIA), concentração de proteína presente no liquido uterino obtido mediante lavado uterino com baixo volume mediante o método do acido Bicincônico (BCA), assim como, perfil proteico através de eletroforese unidimensional (SDS-PAGE 12%). As bandas de interesse provenientes da eletroforese foram submetidas à digestão com tripsina e analisadas por espectrometria de massas (LC-MSE) para posterior identificação pela ferramenta BLAST/NCBI. Os resultados demonstraram que a aplicação de benzoato de estradiol aumentou concentração de progesterona plasmática de 0,55 para 30,15 ng/mL no G1 (p<0,05), e de 12,03 ng/mL para 16,50 no G2, não havendo diferença significativa. Não houve diferença significativa na concentração de progesterona plasmática entre os dias avaliados do G2. No G1 não foi observada diferença significativa (p<0,05) para as concentrações de proteína no liquido uterino. No G2, a média da concentração de proteína no D4 (0,31µg/µL) foi inferior quando comparada com a média do D9 (0,78 µg/µL). A eletroforese e espectrometria demonstrou o aparecimento da uterocalina nos dois grupos no D4, até o D15 e D9 do G1 e G2, respectivamente. A presença da Lipocalina 2 e uteroferrina foi constatada unicamente no D15 do G1. A expressão e concentração das proteínas uterinas foram dependentes da dose administrada de P4LA em éguas em anestro.