SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO DE PAPEL: USO DE FIBRAS VEGETAIS E TÊXTEIS – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

Resumo

A presença do papel no cotidiano humano é inegável, consolidando-se como um material indispensável desde sua criação. Utilizado em funções que vão da comunicação à criação artística, ele também desempenhou um papel essencial na economia, como suporte para documentos comerciais, cédulas e cheques. No entanto, sua produção tradicional apresenta sérios desafios ambientais, como desmatamento, elevado consumo de água e energia, além da geração de resíduos. Diante desse cenário, surge a proposta de utilizar os resíduos têxteis, especialmente os feitos de fibras naturais como algodão, linho, cânhamo ou viscose que podem ser reaproveitados na fabricação de papel artesanal ou industrial como uma alternativa sustentável e inovadora. O processo envolve transformar os tecidos descartados em uma polpa fibrosa que pode ser moldada em folhas de papel. Essas fibras, frequentemente descartadas como resíduos industriais ou pós-consumo, oferecem uma oportunidade única para reduzir a dependência de recursos naturais como árvores e diminuir a quantidade de resíduos sólidos. Esse reaproveitamento está alinhado aos princípios da economia circular, promovendo práticas de reutilização e sustentabilidade. Este estudo explora as propriedades técnicas, vantagens e desafios da produção de papéis a partir de fibras têxteis, destacando seu potencial para aplicações em áreas como embalagens, design e comunicação visual. Ao enfatizar a relevância dessa inovação, busca-se contribuir para o desenvolvimento de práticas mais responsáveis e sustentáveis na indústria de papel e celulose, atendendo às demandas ecológicas contemporâneas.