EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: UM DESAFIO PARA A CONSTRUÇÃO DE PRÁTICAS EFETIVAS E SUSTENTÁVEIS

Resumo

Este estudo objetivou conhecer a partir da literatura as pesquisas e/ou experiências sobre a construção de práticas efetivas na construção e consolidação da Educação Permanente em Saúde (EPS) na Atenção Primária à Saúde (APS), por meio de uma revisão integrativa da literatura. Buscaram-se textos publicados entre 2015 e 2025, que abordassem o conceito de EPS, iniciativas desenvolvidas na APS e/ou a percepção sobre mudanças na prática profissional. Foram selecionados 43 estudos. A análise de conteúdo temática identificou quatro categorias empíricas: Definição e Caracterização da Educação Permanente em Saúde no contexto da Atenção Primária à Saúde; Estratégias para Fortalecer a Educação Permanente em Saúde na Atenção Primária à Saúde; Práticas de Educação Permanente em Saúde Implementadas na Atenção Primária à Saúde; Desafios e Dificuldades nas Práticas de Educação Permanente em Saúde. Observou-se que a EPS busca integrar gestores, profissionais e usuários, criando um ambiente colaborativo que valoriza experiências locais e metodologias participativas. A EPS reforça a autonomia das equipes na APS, estimulando a reflexão crítica sobre as práticas assistenciais. Apesar de seu potencial transformador, muitos gestores ainda subestimam sua importância, dificultando sua efetivação nas políticas de saúde. Para fortalecer a EPS na APS, é essencial implementar programas de capacitação contínua que abordem as necessidades locais. Outra estratégia é promover a troca de saberes através de grupos de discussão e oficinas interdisciplinares. Além disso, é importante incentivar a participação da comunidade nas ações educativas, envolvendo-a ativamente no processo. Por fim, a utilização de tecnologias digitais pode facilitar o acesso a conteúdos e treinamentos, ampliando as oportunidades de aprendizado.