EDUCAÇÃO EM SEXUALIDADE E ESTUDANTES COM DEFICIÊNCIA: INDICADORES DE ATUAÇÃO DO PSICÓLOGO ESCOLAR

Resumo

Embora as políticas públicas tenham avançado em relação à defesa pelo respeito à pluralidade e diversidade na sexualidade humana, em muitos contextos esse tema ainda é tratado como um tabu. Em grupos que carregam estereótipos, como pessoas com deficiência, a tendência da rejeição sobre a educação em sexualidade é ainda maior. Fundamentada na Psicologia Escolar crítica e na Psicologia Histórico-Cultural de Vygotsky, bases teóricas que compreendem que a concepção acerca da deficiência humana é oriunda das interações culturais e históricas, essa pesquisa investigou indicadores para a atuação do psicólogo escolar em uma escola pública de São Luís do Maranhão. Para tanto, foram adotados os seguintes procedimentos: observações, questionário e entrevista semiestruturada com os participantes. Participaram da pesquisa 03 professores(as), 01 coordenador(a), 02 tutores(as) de sala de aula e 01 professor(a) do AEE. A análise das informações fundamentou-se na constituição de significados e zonas de sentido, pela qual constatou-se: (1) Necessidades formativas para atuação na perspectiva da educação em sexualidade humana voltada ao estudante com deficiência; (2) Visão apriorística que conduz a uma desistência da mediação intencional pedagógica voltada a educação em sexualidade humana de estudantes com deficiência. A educação em sexualidade direcionada a estudantes com deficiência permanece limitada por um conjunto de concepções culturais, estigmatizantes e normativas ainda mais agudizada para essa população. Os resultados demonstram indicadores para a intervenção em Psicologia Escolar voltada à potencialização de práticas inclusivas e comprometidas com os direitos sexuais das pessoas com deficiência.