PERSPECTIVAS DA EQUIPE DE ENFERMAGEM SOBRE A COMUNICAÇÃO INTERCULTURAL NA ENFERMARIA PEDIÁTRICA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-077Palavras-chave:
Comunicação em Saúde, Cuidados de Enfermagem, Enfermagem Pediátrica, Humanização, Saúde dos MigrantesResumo
A comunicação efetiva é um pilar essencial na segurança e humanização do cuidado, tornando-se um desafio crescente em contextos de diversidade cultural e linguística. Na enfermagem pediátrica, a comunicação assume papel ainda mais sensível, pois envolve crianças e famílias que, muitas vezes, não dominam o idioma local, exigindo do profissional estratégias criativas para garantir compreensão e segurança no cuidado. OBJETIVO: Compreender como ocorre a comunicação entre a equipe de enfermagem e pacientes estrangeiros na enfermaria pediátrica. METODOLOGIA: Estudo qualitativo, descritivo e exploratório, realizado conforme as diretrizes do COREQ. Foram entrevistados 14 profissionais de enfermagem de uma enfermaria pediátrica de um hospital público no Oeste do Paraná, por meio de entrevistas semiestruturadas. Os dados, transcritos pelos pesquisadores e categorizados com o software Atlas.ti, foram analisados pela Análise de Conteúdo de Bardin (2011). RESULTADOS E DISCUSSÕES: Foi evidenciado que as falhas na comunicação comprometem o consentimento informado, aumentam o risco de erros de medicação e elevam a ansiedade familiar. Embora a equipe utilize estratégias criativas como gestos, mímica e aplicativos de tradução, os profissionais reconhecem as limitações e a imprecisão dessas abordagens. CONCLUSÃO: Conclui-se que a comunicação intercultural eficiente exige um compromisso institucional sério, pautado na implementação de políticas hospitalares de inclusão, fornecimento de intérpretes profissionais, capacitação contínua em competência cultural e a adoção de materiais informativos multilíngues. Tais medidas são cruciais para garantir um cuidado equitativo, seguro e centrado na pessoa em um cenário de crescente diversidade.
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