AVALIAÇÃO DO ESTADO DE CONSERVAÇÃO DE EDIFÍCIOS HABITACIONAIS DE BAIXA E MÉDIA RENDA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n12-048Palavras-chave:
Edifícios, Conservação, Patologias Construtivas, Ensaio Não Destrutivo, ManutençãoResumo
Nos últimos anos tem-se observado um aumento expressivo das manifestações patológicas em edifícios habitacionais, tanto antigos quanto novos, o que tem suscitado preocupações quanto à redução da sua vida útil e ao consequente risco de colapso estrutural. Este estudo tem como objectivo avaliar o estado de conservação de edifícios habitacionais de baixa e média renda localizados nas províncias de Luanda e Icolo e Bengo, em Angola, abrangendo construções do período colonial e pós-colonial. Para o efeito, foram realizadas inspeções visuais e ensaios não destrutivos (esclerometria, percussão e carbonatação), com vista a identificar as principais patologias, as suas causas e os níveis de degradação. A investigação recorreu a análise documental, observação direta, entrevistas a moradores e técnicos, e aplicação do Método de Avaliação do Estado de Conservação (MAEC). Os resultados indicam que todos os edifícios analisados apresentam algum tipo de manifestação patológica relevante, destacando-se problemas de fissuração, corrosão de armaduras, destacamento do betão e humidade ascendente. Verificou-se também que os edifícios mais antigos, sobretudo na zona do Hoji-Ya-Henda, encontram-se em estado avançado de deterioração, exigindo intervenções urgentes. Conclui-se que as causas predominantes das patologias observadas relacionam-se com a idade das construções, deficiências construtivas, má qualidade dos materiais, ausência de manutenção e sobrecarga de ocupação.
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