PREVALÊNCIA DE UVEÍTE EM PACIENTES COM SÍFILIS E TOXOPLASMOSE TRATADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DO BRASIL

Autores

  • Henrique Danin Araújo Rosa Autor
  • Ana Luísa Gonçalves Felipe Autor
  • Rejanne Lima Arruda Autor
  • Cleuber Moreira Cunha Júnior Autor
  • Emanuela Pereira de Holanda Silva Autor
  • Vitor Ruda Silva Aragão Autor

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n11-301

Palavras-chave:

Uveíte Infecciosa, Sífilis, Toxoplasmose

Resumo

Objetivo: Avaliar a prevalência de uveíte em pacientes com sífilis e toxoplasmose atendidos em Araguaína, Tocantins, de 2020 a 2023.

Metodologia: Trata-se de um estudo epidemiológico descritivo, transversal e retrospectivo, baseado na análise de prontuários de pacientes com sífilis e toxoplasmose atendidos no Hospital Universitário e notificados às autoridades de vigilância. Foram analisadas as seguintes variáveis: faixa etária; sexo; raça; origem; diagnóstico de toxoplasmose ou sífilis; acuidade visual; comorbidades associadas; e complicações oculares desenvolvidas.

Resultados: Observou-se uma prevalência de 12% de uveíte em pacientes com as doenças mencionadas, sendo 80% casos de toxoplasmose e 20% de sífilis. Além disso, a coinfecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) foi evidente em 48% dos indivíduos, assim como o edema macular como principal complicação desses casos de uveíte infecciosa.

Conclusão: Nesse sentido, há uma prevalência notavelmente alta de uveíte em pacientes com doenças infecciosas, ocorrendo predominantemente naqueles com toxoplasmose.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Arruda, S., et al. (2021). Clinical manifestations and visual outcomes associated with ocular toxoplasmosis in a Brazilian population. Scientific Reports, 11(1), Article 3137. https://doi.org/10.1038/s41598-021-82830-z

Bazeed, M. A., et al. (2023). Clinical features and outcomes of ocular toxoplasmosis in HIV-infected versus non-infected individuals. International Journal of Infectious Diseases, 132, 1–7. https://doi.org/10.1016/j.ijid.2023.03.025

Brasil. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2022). Censo demográfico 2022 por população residente, cor ou raça, segundo a situação do domicílio, o sexo e a idade. https://sidra.ibge.gov.br/pesquisa/censo-demografico/demografico-2022/universo-indigenas-caracteristicas-pessoas-e-domicilios-situacao-urbana-ou-rural

Da Trindade Junior, C. J. S., et al. (2023). Perfil epidemiológico das uveítes infeciosas em hospital terciário em Belém, Pará. Brazilian Journal of Health Review, 6(1), 3798–811. https://ojs.brazilianjournals.com.br/ojs/index.php/BJHR/article/view/57369

De Angelis, R. E., et al. (2021). Frequency and visual outcomes of ocular toxoplasmosis in an adult Brazilian population. Scientific Reports, 11(1), Article 3420. https://doi.org/10.1038/s41598-021-83051-0

Engelhard, S. B., et al. (2015). Infectious uveitis in Virginia. Clinical Ophthalmology, 9, 1589–1594. https://doi.org/10.2147/OPTH.S86578

Faria, P. A., et al. (2024). A 14-year retrospective clinical analysis of ocular manifestations of syphilis in a Portuguese tertiary center. Clinical Ophthalmology, 18, 3053–3069. https://doi.org/10.2147/OPTH.S494585

Florêncio, M. R. (2024). O pardo no Brasil: o dilema da identidade mestiça no país miscigenado [Dissertação de mestrado, Universidade de São Paulo]. Repositório da USP. https://doi.org/10.11606/D.8.2024.tde-15102024-162545

Gonzalez Fernandez, D., et al. (2017). Uveitis in São Paulo, Brazil: 1053 new patients in 15 months. Ocular Immunology and Inflammation, 25(3), 382–387. https://doi.org/10.3109/09273948.2015.1132741

Hou, S., et al. (2020). Uveitis genetics. Experimental Eye Research, 190, Article 107853. https://doi.org/10.1016/j.exer.2019.107853

Jahnke, S., et al. (2021). Ocular syphilis: A case series of four patients. Journal der Deutschen Dermatologischen Gesellschaft, 19(7), 987–991. https://doi.org/10.1111/ddg.14464

Kahn, J. B., et al. (2023). Ocular manifestations of infectious diseases in immunocompromised patients: A comprehensive review. Ophthalmology and Therapy, 12(1), 45–60. https://doi.org/10.1007/s40123-022-00568-7

Kalogeropoulos, D., et al. (2022). Ocular toxoplasmosis: A review of the current diagnostic and therapeutic approaches. International Ophthalmology, 42(1), 295–321. https://doi.org/10.1007/s10792-021-01994-9

Kantzanou, M., et al. (2024). Prevalence of ocular toxoplasmosis among people living with HIV: A systematic review and meta-analysis. Future Microbiology, 19(6), 525–534. https://doi.org/10.2217/fmb-2023-0215

Karami, M., et al. (2024). Prevalence of ocular toxoplasmosis in the general population and uveitis patients: A systematic review and meta-analysis. Ocular Immunology and Inflammation, 32(6), 1003–1016. https://doi.org/10.1080/09273948.2023.2190801

Kim, H. Y. (2017). Statistical notes for clinical researchers: Chi-squared test and Fisher's exact test. Restorative Dentistry & Endodontics, 42(2), 152–155. https://doi.org/10.5395/rde.2017.42.2.152

London, N. J., et al. (2011). Prevalence, clinical characteristics, and causes of vision loss in patients with ocular toxoplasmosis. European Journal of Ophthalmology, 21(6), 811–819. https://doi.org/10.5301/EJO.2011.6403

Medronho, R. A., et al. (2025). Epidemiologia. Atheneu.

Moraes, H. M. V., et al. (2022). Causes and characteristics of uveitis cases at a reference university hospital in Rio de Janeiro, Brazil. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, 85(3), 255–262. https://doi.org/10.5935/0004-2749.20220040

Moro, J. C., et al. (2020). Clinico-epidemiological and sociodemographic profile of HIV/AIDS patients who are co-infected with Toxoplasma gondii in the border region of Brazil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 92(4), Article e20200293. https://doi.org/10.1590/0001-3765202020200293

Oliveira, L. A., et al. (2024). The efficacy of adalimumab in the treatment of uveitis. Research, Society and Development, 13(2), Article e1713244915. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/44915

Ribeiro, J. C. M. L., et al. (2019). Oftalmologia para graduação. EdUnichristus.

Schulz, D. C., et al. (2021). The many faces of ocular syphilis: Case-based update on recognition, diagnosis, and treatment. Canadian Journal of Ophthalmology, 56(5), 283–293. https://doi.org/10.1016/j.jcjo.2021.01.006

Smith, J. R., et al. (2021). Pathogenesis of ocular toxoplasmosis. Progress in Retinal and Eye Research, 81, Article 100882. https://doi.org/10.1016/j.preteyeres.2020.100882

Teixeira, L. P., et al. (2016). Estudo da prevalência das uveítes em hospital oftalmológico terciário em Teresina, Piauí, Brasil. Revista Brasileira de Oftalmologia, 75(3), 174–180. https://doi.org/10.5935/0034-7280.20160037

Teo, A. Y. T., et al. (2023). Intermediate uveitis: A review. Ocular Immunology and Inflammation, 31(5), 1041–1060. https://doi.org/10.1080/09273948.2022.2070503

Thomas, J., et al. (2023). An update on immunological and molecular tests and their impact in infectious uveitis. Frontiers in Ophthalmology, 3, Article 1132131. https://doi.org/10.3389/fopht.2023.1132131

Yang, M., et al. (2023). Human immunodeficiency virus and uveitis. Viruses, 15(2), Article 444. https://doi.org/10.3390/v15020444

Downloads

Publicado

2025-11-24

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

ROSA, Henrique Danin Araújo; FELIPE, Ana Luísa Gonçalves; ARRUDA, Rejanne Lima; CUNHA JÚNIOR, Cleuber Moreira; SILVA, Emanuela Pereira de Holanda; ARAGÃO, Vitor Ruda Silva. PREVALÊNCIA DE UVEÍTE EM PACIENTES COM SÍFILIS E TOXOPLASMOSE TRATADOS EM UM HOSPITAL UNIVERSITÁRIO NO NORTE DO BRASIL. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 11, p. e10326, 2025. DOI: 10.56238/arev7n11-301. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/10326. Acesso em: 5 dez. 2025.