DE LA PANTALLA AL AULA: HERRAMIENTAS PARA LA MEDIACIÓN CRÍTICA DE LAS REPRESENTACIONES DE GÉNERO EN LAS ANIMACIONES INFANTILES
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-304Palabras clave:
Educación Mediática Crítica, Representaciones de Género, Animación Infantil, Trabajo Doméstico Femenino, Formación de la IdentidadResumen
Los productos audiovisuales infantiles son poderosos agentes en la formación de identidades de género, operando mediante mecanismos que a menudo escapan al análisis crítico de niños, niñas y educadores. Este artículo presenta una metodología interdisciplinaria y herramientas prácticas para el análisis y la mediación pedagógica de las representaciones de género en la animación, tomando como objeto empírico la trilogía de Cenicienta de Disney (1950-2007). Mediante el Análisis Diacrónico Interdisciplinario del Cine (ADIC), que articula el análisis visual, las teorías de género y el psicoanálisis, examinamos las transformaciones en las representaciones del trabajo doméstico femenino a lo largo de seis décadas. La investigación revela tres estrategias evolutivas para la naturalización de estereotipos: la vigilancia disciplinaria en la película de 1950, la incorporación superficial de elementos progresistas en 2002 y la sofisticada cooptación de discursos feministas en 2007. Introducimos el concepto de «modernización conservadora» para caracterizar cómo los aparentes avances en las representaciones enmascaran la preservación de estructuras ideológicas tradicionales. Como contribución principal, proponemos un protocolo de análisis aplicable a diversos contextos educativos, acompañado de pautas para el desarrollo de materiales didácticos organizados por grupos de edad, guías de discusión y propuestas de actividades que buscan empoderar a los educadores para promover un consumo cultural crítico. Los resultados respaldan prácticas pedagógicas que amplían las posibilidades de desarrollo de la identidad infantil, superando las limitaciones impuestas por los estereotipos de género construidos y naturalizados por los medios de comunicación.
Descargas
Referencias
ADORNO, Theodor W.; HORKHEIMER, Max. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985.
APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. Dicionário teórico e crítico de cinema. Campinas: Papirus, 2004.
AUMONT, Jacques. A imagem. Campinas: Papirus, 1993.
AUMONT, Jacques; MARIE, Michel. A análise do filme. 3. ed. Lisboa: Texto & Grafia, 2004.
BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1980.
BENTHAM, Jeremy. O Panóptico. Tradução de Tomás Tadeu. 2. ed. Belo Horizonte: Autêntica, 2008.
BORDWELL, David; THOMPSON, Kristin. A arte do cinema: uma introdução. 7. ed. Campinas: Papirus, 2008.
BOURDIEU, Pierre. A dominação masculina. 11. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2012.
BRUNER, Jerome. Atos de significação. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
BUCKINGHAM, David. Media education: literacy, learning and contemporary culture. Cambridge: Polity Press, 2003.
BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.
CANCLINI, Néstor García. Consumidores e cidadãos: conflitos multiculturais da globalização. 7. ed. Rio de Janeiro: UFRJ, 2008.
FIELD, Syd. Manual do roteiro: os fundamentos do texto cinematográfico. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001.
FOUCAULT, Michel. História da sexualidade I: a vontade de saber. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988. p. 79-85.
FOUCAULT, Michel. Vigiar e Punir: Nascimento da Prisão. Tradução de Raquel Ramalhete. 42. ed. Petrópolis: Vozes, 2021.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. 17. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1987.
FREUD, Sigmund. A interpretação dos sonhos. Rio de Janeiro: Imago, 1996.
GIROUX, Henry A. Os professores como intelectuais: rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.
GIROUX, Henry A. Memória e pedagogia no maravilhoso mundo da Disney. In: SILVA, Tomaz Tadeu da (Org.). Alienígenas na sala de aula: uma introdução aos estudos culturais em educação. Petrópolis: Vozes, 1995. p. 132-158.
GIRoux, Henry A. The Mouse That Roared: Disney and the End of Innocence. Editado por Christopher G. Robbins. 1. ed. New York: Routledge, 2015. E-book. ISBN 9781317259169.
GRAMSCI, Antonio. Selections from cultural writings. Cambridge: Harvard University Press, 1971.
HABERMAS, Jürgen. Teoria de la acción comunicativa. Madrid: Taurus, 1987.
HALL, Stuart. A identidade cultural na pós-modernidade. 11. ed. Rio de Janeiro: DP&A, 2006.
JAMESON, Fredric. Pós-Modernismo: A Lógica Cultural do Capitalismo Tardio. Tradução de Maria Elisa Cevasco. 2. ed. São Paulo: Ática, 1997.
KELLNER, Douglas. A cultura da mídia: estudos culturais: identidade e política entre o moderno e o pós-moderno. Bauru: EDUSC, 2001.
KELLNER, Douglas; SHARE, Jeff. Educação para a leitura crítica da mídia, democracia radical e a reconstrução da educação. Educação & Sociedade, Campinas, v. 29, n. 104, p. 687-715, out. 2008.
LACAN, Jacques. O seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise. 2.ed. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1998.
LOURO, Guacira Lopes. Gênero, sexualidade e educação: uma perspectiva pós-estruturalista. 9. ed. Petrópolis: Vozes, 1997.
MULVEY, Laura. Prazer visual e cinema narrativo. In: XAVIER, Ismail (Org.). A experiência do cinema: antologia. Rio de Janeiro: Graal, 2008. p. 437-453.
PIAGET, Jean. Seis estudos de psicologia. 24. ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1999.
SCOTT, Joan Wallach. Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação & Realidade, Porto Alegre, v. 20, n. 2, p. 71-99, jul./dez. 1995.
STEINBERG, Shirley R.; KINCHELOE, Joe L. (Orgs.). Cultura infantil: a construção corporativa da infância. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2001.
VANOYE, Francis; GOLIOT-LÉTÉ, Anne. Ensaio sobre a análise fílmica. Campinas: Papirus, 1994.
VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente: o desenvolvimento dos processos psicológicos superiores. 7. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2007.
ZIPES, Jack. Breaking the magic spell: radical theories of folk and fairy tales. Rev. ed. Lexington: University Press of Kentucky, 2002.
ŽIŽEK, Slavoj. Bem-vindo ao deserto do real: cinco ensaios sobre o 11 de Setembro e datas relacionadas. São Paulo: Boitempo, 2003.
