SAÚDE PÚBLICA EM POPULAÇÕES INDÍGENAS: ABORDAGENS INTEGRATIVAS PARA RESGATAR CONHECIMENTOS TRADICIONAIS

Autores/as

  • Yasmin do Socorro Lopes Trindade Autor/a
  • Aline Costa Lopes Autor/a
  • Marcio Harrison dos Santos Ferreira Autor/a
  • Andresa Barros Santos Autor/a
  • Mariana Sousa de Abreu Menezes Autor/a
  • Alexandre Maslinkiewicz Autor/a
  • Aline Pacheco Eugênio Autor/a
  • Jacksiel da Silva Maximino Autor/a
  • Karla Suzany Oliveira de Andrade Autor/a
  • Nielson Amorim Frota Autor/a
  • Maria Eduarda Alvim Martins Vieira Farias Autor/a
  • Henrique Cananosque Neto Autor/a

DOI:

https://doi.org/10.56238/arev7n2-267

Palabras clave:

Saúde Indígena, Práticas Integrativas e Complementares, Saúde Pública, Medicina Tradicional, Políticas de Saúde

Resumen

INTRODUÇÃO: A saúde das populações indígenas no Brasil é impactada por desigualdades históricas e estruturais, incluindo barreiras linguísticas e culturais, dificuldades de acesso geográfico e a ausência de políticas públicas específicas que respeitem seus conhecimentos tradicionais. O modelo biomédico predominantemente no sistema de saúde desconsidera a abordagem holística dessas comunidades, resultando na marginalização de suas práticas ancestrais e dificultando a adesão aos tratamentos convencionais. OBJETIVO: Investigar o impacto das abordagens integrativas na promoção da saúde indígena e na valorização de seus conhecimentos tradicionais. METODOLOGIA: Este trabalho consiste em uma revisão integrativa da literatura, que utilizou a estratégia PICO para formular a questão central: "De que forma as abordagens integrativas podem auxiliar no resgate e na valorização dos saberes tradicionais na saúde pública das comunidades indígenas?" A pesquisa foi realizada em bases de dados renomadas, como Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), SciELO, PubMed e Lilacs. Foram considerados artigos publicados entre 2018 e 2025, que estivessem disponíveis na íntegra e sem custos, nos idiomas português, inglês ou espanhol, além de documentos oficiais e portarias. Artigos duplicados e aqueles que não atendiam aos critérios preestabelecidos foram excluídos. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Uma pesquisa revelou que, embora existam políticas externas à saúde indígena, sua implementação ainda enfrenta desafios significativos, como a falta de profissionais capacitados para atuar em comunidades indígenas e a resistência à integração dos saberes tradicionais nos serviços de saúde. Estudos demonstram que a marginalização das práticas ancestrais prejudica a adesão ao tratamento e aumenta a vulnerabilidade dessas pessoas a doenças, incluindo a COVID-19. A valorização de pajés, peças e o uso de fitoterápicos têm se mostrado uma alternativa viável para a construção de modelos híbridos de assistência. Experiências internacionais, como no Canadá e nos Estados Unidos, demonstram que a autonomia indígena na gestão da saúde pode contribuir para uma atenção mais eficaz e culturalmente atraente. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A marginalização dos saberes tradicionais indígenas e as dificuldades de acesso aos serviços de saúde reforçam a necessidade de políticas públicas mais inclusivas e adaptadas às especificidades dessas populações. O fortalecimento de abordagens integrativas, aliado à capacitação de profissionais e ao reconhecimento das práticas tradicionais, pode contribuir para uma assistência mais humanizada e eficiente. Recomenda-se a ampliação dos estudos sobre a implementação de estratégias híbridas de cuidado, garantindo maior equidade e respeito à diversidade cultural no sistema de saúde.

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Publicado

2025-02-24

Número

Sección

Artigos

Cómo citar

TRINDADE, Yasmin do Socorro Lopes et al. SAÚDE PÚBLICA EM POPULAÇÕES INDÍGENAS: ABORDAGENS INTEGRATIVAS PARA RESGATAR CONHECIMENTOS TRADICIONAIS. ARACÊ , [S. l.], v. 7, n. 2, p. 9182–9194, 2025. DOI: 10.56238/arev7n2-267. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/arace/article/view/3508. Acesso em: 9 dec. 2025.