EDUCAÇÃO ESPECIAL E IDENTIDADE QUILOMBOLA NA AMAZÔNIA: DIÁLOGOS DECOLONIAIS ENTRE AFROSABERES, CULTURA E INCLUSÃO ESCOLAR
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-113Palavras-chave:
Educação Especial Inclusiva, Educação Escolar Quilombola, Saberes do Campo, Decolonialidade, Identidade CulturalResumo
Este artigo propõe uma reflexão sobre as interfaces entre a Educação Especial Inclusiva e a Educação Escolar Quilombola, com foco nos contextos educativos das comunidades do campo. A pesquisa desenvolve uma análise teórico-reflexiva ancorada em uma perspectiva decolonial, compreendendo a educação como espaço de resistência, valorização da identidade cultural e promoção da equidade. O estudo dialoga com autores clássicos como Mantoan (2003), Arroyo (2011), Caldart (2009), Boaventura de Sousa Santos (2010), Dussel (2000), Freire (1987), e Gomes (2017), e também incorpora as contribuições de pesquisadores da Universidade Federal do Pará - UFPA: Débora Alfaia da Cunha (2022) , Waldma Maíra Menezes de Oliveira (2018), João Batista do Carmo Silva (2018) e Assunção José Pureza Amaral (2008), cujas produções enfatizam a importância dos saberes locais, da ética libertadora e da construção de uma educação inclusiva e contextualizada. Conclui-se que o diálogo entre Educação Inclusiva e Identidade Quilombola permite repensar as práticas pedagógicas, promovendo processos formativos mais humanos, críticos e comprometidos com a diversidade cultural e com o direito à aprendizagem de todos e todas.
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