TRATAMENTO DE HÉRNIA FEMORAL COM TROMPA ENCARCERADA: UM RELATO DE CASO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-105Palavras-chave:
Hérnia Femoral, Encarceramento, Trompa de FalópioResumo
Apresentação do caso: J.T., sexo feminino, 34 anos, procurou atendimento no hospital Santa Casa de Misericórdia de Presidente Prudente com queixa de dor inguinal à esquerda, de forte intensidade, esporádica, associada à prática de atividade física e com melhora ao repouso. Exame ultrassonográfico identificou hérnia femoral à esquerda, sem definição do conteúdo herniário. A paciente foi submetida à cirurgia eletiva, sendo constatado no intraoperatório o encarceramento da trompa de Falópio. Realizou-se a redução do conteúdo herniário e herniorrafia pela técnica de Lichtenstein com colocação de tela de polipropileno. A evolução foi satisfatória, com dieta introduzida no mesmo dia da cirurgia e alta hospitalar no primeiro dia pós-operatório. Discussão: A literatura aponta a dor súbita e intensa como manifestação clínica frequente de hérnias femorais encarceradas. Contudo, a identificação pré-operatória do conteúdo herniário é limitada pelos exames de imagem, que apresentam baixa sensibilidade para estruturas ginecológicas. O diagnóstico geralmente é feito no intraoperatório. A técnica de Lichtenstein com colocação de tela sintética é considerada padrão-ouro para o tratamento cirúrgico das hérnias inguinais e femorais, proporcionando baixo índice de recidiva. O caso apresentado é relevante pela raridade do encarceramento da trompa de Falópio, especialmente em paciente jovem. Comentários finais: O encarceramento de trompa de Falópio em hérnia femoral é uma condição rara e de diagnóstico desafiador, sendo fundamental a suspeição clínica e o tratamento cirúrgico precoce para evitar complicações como necrose e infertilidade. A herniorrafia com tela permanece como método padrão de tratamento, garantindo bons resultados e prognóstico favorável.
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