O HOSPITAL OBSTÉTRICO-GINECOLÓGICO “DR. EUSEBIO HERNÁNDEZ PÉREZ”: A MEMÓRIA SIMBÓLICA DE SUA ARQUITETURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n10-056Palavras-chave:
Políticas Públicas, Arquitetura, Mulheres Cubanas, Memória SocialResumo
O texto a seguir analisa o simbolismo e a funcionalidade da arquitetura do Hospital Ginecológico-Obstáculo “Dr. Eusebio Hernández Pérez” (antiga Maternidade Obrera) como expressão concreta das políticas de assistência materno-infantil em Cuba. De uma perspectiva histórica e social, destaca como essa instituição, inaugurada em 1941, tem sido referência no atendimento a gestantes e recém-nascidos em todo o país, especialmente nos municípios de La Lisa, Playa e Marianao, em Havana. A intenção do projeto do hospital, projetado pelo arquiteto Emilio Soto, assemelha-se simbolicamente ao sistema reprodutor feminino, representando o útero, as trompas de Falópio e os ovários, transmitindo o valor da maternidade, embora em seus primórdios não garantisse o acesso equitativo aos serviços de saúde. Com o triunfo da Revolução Cubana em 1959, o hospital transformou sua atuação por meio da implementação de novas políticas de saúde com foco preventivo, o que levou ao fortalecimento de serviços neonatais especializados, unidades de terapia intensiva, programas de imunização, amamentação e assistência pós-natal. Essa transformação permitiu que a instituição se tornasse um centro de saúde, com um espaço de memória social que integra arquitetura, experiências vividas e o compromisso político que a sustenta. Este trabalho destaca que o hospital representa um lugar de construção de memória coletiva, onde a práxis cotidiana se entrelaça com o design simbólico, reafirmando o valor da maternidade como prioridade do Estado cubano.
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Referências
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