RELAÇÕES ÉTNICO-RACIAIS NA FORMAÇÃO DO PSICÓLOGO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-346Palavras-chave:
Formação em Psicologia, Questões Etnico-Raciais, Branquitude, Falta de Conhecimento dos ProfessoresResumo
O objetivo deste trabalho foi analisar a percepção dos estudantes da graduação em Psicologia (Universidade Estácio de Sá, campus Maracanã) sobre as relações étnico-raciais presentes no universo acadêmico e verificar se sua formação tem alguma influência nesta percepção. Pesquisa quali-quantitativa com aplicação de 113 questionários em estudantes, 17 com os professores e realização de dois grupos focais. A análise dos dados informa que os professores se dizem preparados mas não trazem autores negros como referência; os estudantes querem estudar, mas não são oferecidas informações e/ou bibliografia. Algumas reflexões se destacam: como preparar psicólogos capazes de lidarem com a questão das relações étnico-raciais e suas consequências na formação da subjetividade humana sem a presença da discussão? A partir deste pequeno recorte da Universidade, o que parece é que ela segue sendo um microcosmo da sociedade e as questões das relações étnico raciais parecem estar na esfera da discussão social e não como um ferramental prático na atuação do psicólogo e parece existir ausência de conhecimento sobre a influência da questão na formação da subjetividade. Acredita-se que a pesquisa pode contribuir para a mudança ou inclusão do tema nos cursos de Psicologia e para formação de profissionais mais qualificados.