O ADOECIMENTO DE ESTUDANTES UNIVERSITÁRIOS E O IMPACTO FAMILIAR

Abstract

O estudo caracteriza-se como uma pesquisa quali-quantitativa, com o objetivo de explorar os impactos psicossociais em estudantes universitários que conciliam jornadas acadêmicas, profissionais e familiares. Através de uma amostra de 65 estudantes, investigaram-se aspectos sociodemográficos, acadêmicos, ocupacionais e familiares, evidenciando o alto índice de estresse e ansiedade. Os resultados apontam que a sobrecarga de múltiplas responsabilidades compromete a saúde mental, destacando-se o papel das teorias de Representações Sociais, de Moscovici, e de Prazer-Sofrimento, de Dejours, como fundamentais para a compreensão dos dilemas enfrentados. Observou-se que o suporte familiar é uma âncora emocional crucial, mas, em casos de incompreensão familiar, os estudantes relatam um impacto negativo nas relações. A análise revela que a conciliação de demandas laborais e acadêmicas gera um ciclo de desgaste emocional e físico. O estudo conclui pela necessidade de redes de apoio institucional e familiar para mitigar os efeitos do adoecimento mental, propondo intervenções que promovam equilíbrio e bem-estar.