ANÁLISE QUANTITATIVA DA RECUPERAÇÃO DA FUNÇÃO VENTRICULAR ESQUERDA PÓS-INTERVENÇÃO CORONÁRIA PERCUTÂNEA EM PACIENTES COM INFARTO DO MIOCÁRDIO COM SUPRADESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST (IAMCSST)
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n4-475Palavras-chave:
IAMCSST, Intervenção Coronária Percutânea, Função ventricular esquerda, Fração de Ejeção do Ventrículo Esquerdo, Preditores de recuperação funcionalResumo
A função ventricular esquerda desempenha um papel fundamental na manutenção da circulação sistêmica e geralmente é significativamente prejudicada em pacientes com infarto do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST (IAMCSST) devido à oclusão abrupta da artéria coronária. Esse comprometimento pode levar à necrose miocárdica, insuficiência cardíaca e aumento da mortalidade. A intervenção coronária percutânea (ICP) tornou-se o padrão-ouro para restaurar a perfusão coronariana no IAMCSST, oferecendo benefícios substanciais na melhora da fração de ejeção do ventrículo esquerdo (FEVE) e na redução da mortalidade. Esta revisão sistemática examina a recuperação da função ventricular esquerda em pacientes com IAMCSST pós-ICP, com foco nos principais preditores de recuperação funcional e no impacto da intervenção oportuna. Estudos recentes destacam que a extensão da necrose miocárdica, a resistência microvascular, o tempo de reperfusão e as características individuais do paciente são fatores críticos que influenciam a recuperação da FEVE. Pesquisas de Elias et al. (2016) e Otero-García et al. (2021) demonstraram melhorias significativas na recuperação ventricular com ICP, enfatizando a importância do tratamento do tecido miocárdico viável. Técnicas avançadas de imagem, como strain longitudinal global e análise do trabalho miocárdico, demonstraram melhorar a previsão do potencial de recuperação, conforme relatado por Montaser et al. (2020) e Meimoun et al. (2020). Além disso, a fração de ejeção inicial e marcadores de função microvascular, como o índice de resistência microcirculatória (IMR), foram identificados como fortes preditores de recuperação em estudos de Dauw et al. (2021) e Palmer et al. (2016). Apesar de sua eficácia na restauração do fluxo coronariano e na melhora da função sistólica, a ICP enfrenta limitações no tratamento da disfunção diastólica, que continua sendo um desafio clínico significativo. Estudos também revelam heterogeneidade nos desfechos dos pacientes, influenciados pelas características basais individuais e pela extensão do dano miocárdico. Embora a ICP melhore o prognóstico, melhore a recuperação funcional e reduza a mortalidade por todas as causas e cardiovascular, a integração de técnicas diagnósticas avançadas e a identificação precisa de preditores funcionais são essenciais para otimizar os resultados do tratamento. Esta revisão ressalta a importância da ICP no tratamento do IAMCSST, destacando os desafios e oportunidades contínuos para melhorar a recuperação da função ventricular esquerda.