MUDANÇA DE ESTILO DE VIDA PARA COMBATER A OBESIDADE: IMPACTO DA ALIMENTAÇÃO E EXERCÍCIOS NA PREVENÇÃO E TRATAMENTO
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv14n32-025Palavras-chave:
Obesidade, Reeducação Alimentar, Atividade Física, Saúde Pública, Estilo de Vida SaudávelResumo
A obesidade tem se consolidado como um dos maiores desafios de saúde pública nas últimas décadas, exigindo estratégias eficazes que contemplem não apenas o controle do peso, mas também a promoção integral da saúde. Este estudo teve como objetivo analisar o impacto das mudanças no estilo de vida, especialmente no que se refere à alimentação e à prática de exercícios físicos, como formas de prevenção e tratamento da obesidade. A metodologia utilizada foi baseada em revisão bibliográfica de caráter qualitativo, com levantamento de artigos científicos, com ênfase em estudos brasileiros que abordam intervenções práticas voltadas à reeducação alimentar, prática regular de atividades físicas e seus efeitos sobre os indicadores de saúde de indivíduos obesos. Os resultados evidenciaram que as intervenções que integram orientação nutricional contínua, atividade física supervisionada e suporte psicossocial apresentam maior eficácia na redução do índice de massa corporal, melhora do condicionamento físico, equilíbrio emocional e adesão a longo prazo. Também foi observado que abordagens interdisciplinares contribuem para a diminuição dos fatores de risco associados à obesidade, como hipertensão, resistência à insulina, dislipidemias e distúrbios do sono. A qualidade de vida dos participantes também apresentou melhora significativa, principalmente nos aspectos relacionados à autoestima, mobilidade funcional e participação social. Ressalta-se a importância das políticas públicas na garantia de acesso a ambientes saudáveis, profissionais qualificados e educação alimentar, especialmente em comunidades em situação de vulnerabilidade social. Conclui-se que a mudança de estilo de vida constitui uma ferramenta efetiva e sustentável para o enfrentamento da obesidade, sendo necessário promover ações educativas, inclusivas e personalizadas que favoreçam a autonomia do indivíduo e fortaleçam uma rede de apoio contínua. A adoção de hábitos saudáveis deve ser estimulada desde a infância, considerando as particularidades culturais e sociais de cada grupo, para que os resultados alcançados sejam duradouros e amplamente disseminados na sociedade.
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