MODELOS DE ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL NA PROTEÇÃO DE MENORES VÍTIMAS DE CRIMES

Autores

  • Mabel Wilberma Sánchez Toloza Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv16n45-077

Palavras-chave:

Coordenação Interinstitucional, Proteção Infantil, Vítimas de Crimes, Redes de Proteção, Política Pública

Resumo

O estudo examinou modelos de coordenação interinstitucional voltados à proteção de menores vítimas de crimes, explorando fundamentos conceituais, experiências nacionais e internacionais e os desafios envolvidos na implementação de estruturas integradas. A pesquisa foi realizada por meio de uma revisão qualitativa de literatura, permitindo a análise de publicações científicas e documentos técnicos que abordam a interação entre sistemas de justiça, serviços psicossociais, agências de proteção à criança e redes comunitárias. O principal objetivo foi compreender como diferentes países organizam fluxos de atendimento, mecanismos de coordenação e práticas colaborativas, identificando elementos estruturais capazes de fortalecer a proteção infantil. Os resultados indicaram que centros integrados e modelos multidisciplinares surgem como alternativas eficazes para reduzir a fragmentação dos serviços, prevenir a revitimização e ampliar a coerência das intervenções. A presença de protocolos formais, procedimentos padronizados e governança intersetorial revelou-se essencial para a consolidação da coordenação, assim como a formação conjunta de profissionais e o uso de tecnologias interoperáveis que garantem o registro e o monitoramento contínuos dos casos. Contudo, desafios relacionados a divergências metodológicas entre setores, disparidades territoriais na disponibilidade de serviços, limitações estruturais e instabilidade da força de trabalho ainda representam barreiras significativas em diversos contextos. A participação de redes comunitárias foi identificada como elemento relevante, ampliando a identificação precoce de riscos e conectando as ações institucionais às dinâmicas cotidianas das famílias. De modo geral, o estudo demonstrou que a coordenação interinstitucional é essencial para um sistema de proteção mais eficiente, exigindo investimento contínuo, estabilidade institucional e desenvolvimento profissional permanente. Os achados indicam que modelos integrados contribuem para serviços mais coerentes e humanizados, centrados na preservação da dignidade e da segurança das vítimas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Alliance for Child Protection in Humanitarian Action. (2024). Inter-agency child protection case management guidelines (2nd ed.). https://alliancecpha.org/sites/default/files/technical/attachments/Inter-agency%20Child%20Protection%20Case%20Management%20Guidelines_2nd%20Edition_2024.pdf

Eilfgang, J., et al. (2024). Collaboration between criminal justice and child protection in cases of child sexual abuse: Unveiling inhibiting and facilitating factors. Child Abuse Review, 33(2), e2868. https://doi.org/10.1002/car.2868

European Union Agency for Fundamental Rights. (2025). Towards integrated child protection systems: Proteção de crianças vítimas de crime e o desenvolvimento de sistemas integrados de proteção. https://fra.europa.eu/en/publication/2025/integrated-child-protection

Lalayants, M., et al. (2008). Interagency collaboration approach to service delivery in child abuse and neglect: Perceptions of professionals. Journal of Interdisciplinary Social Sciences, 3(1), 52493. https://doi.org/10.18848/1833-1882/CGP/v03i01/52493

Prefeitura de Contenda. (2022). Protocolo de atendimento integral e interinstitucional a crianças e adolescentes vítimas de violência no município de Contenda. https://contenda.pr.gov.br/uploads/pagina/arquivos/PROTOCOLO-DE-ATENDIMENTO-INTEGRAL-E-INTERINSTITUCIONAL-DE-CRIANCAS-E-ADOLESCENTES.pdf

Souza, F., et al. (2021). Rede de proteção às crianças/adolescentes vítimas de violência: Análise de como se organiza a rede de proteção no Brasil para garantir direitos. Cadernos de Saúde Pública. https://doi.org/10.1590/1413-81232025303.18142023

Tomison, A., & Birchall, J. (2004). Models of collaborative service delivery in child protection. https://aifs.gov.au/cfca/sites/default/files/publication-documents/SAbrief3.pdf

UNICEF, & Child Frontiers. (2025). Multidisciplinary models of care for child victims and survivors of sexual abuse and exploitation in the digital age: A rapid review of the literature on child-centred services responding to in-person and technology-facilitated abuse. https://www.unicef.org/documents/multidisciplinary-models-care-child-victims-and-survivors-sexual-abuse-and-exploitation

UNICEF, & UNHCR. (2023). Inter-agency guidance note: Data protection and information sharing for child protection case management in humanitarian settings. https://alliancecpha.org/sites/default/files/technical/attachments/Guidance%20Note%20on%20Data%20Protection%20and%20Information%20Sharing%20in%20Child%20Protection%20Case%20Management_0.pdf

World Vision International. (2018). Child protection and advocacy (CPA) project model: Strengthening child protection at the community level. https://www.wvi.org/sites/default/files/Child_Protection_Advocacy_PM.pdf

Downloads

Publicado

2025-02-10

Como Citar

TOLOZA, Mabel Wilberma Sánchez. MODELOS DE ARTICULAÇÃO INTERINSTITUCIONAL NA PROTEÇÃO DE MENORES VÍTIMAS DE CRIMES. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 16, n. 45, 2025. DOI: 10.56238/levv16n45-077. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/LKL98. Acesso em: 9 dez. 2025.