ABORDAGEM CLÍNICA DA DEFICIÊNCIA DE VITAMINA D: TRIAGEM, DIAGNÓSTICO E ESTRATÉGIAS ATUAIS DE REPOSIÇÃO BASEADAS EM EVIDÊNCIAS
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n51-018Palavras-chave:
Vitamina D, Hipovitaminose D, Diagnóstico Laboratorial, Suplementação, Saúde Pública, Terapia Baseada em EvidênciasResumo
A deficiência de vitamina D é uma condição altamente prevalente em escala global, reconhecida como fator de risco para uma ampla gama de doenças, incluindo distúrbios osteometabólicos, disfunções imunológicas e enfermidades crônicas não transmissíveis. Este estudo teve como objetivo analisar a abordagem clínica da hipovitaminose D, com ênfase nos principais métodos de triagem, estratégias diagnósticas e diretrizes terapêuticas atuais fundamentadas em evidências científicas. Trata-se de uma revisão bibliográfica narrativa baseada em publicações indexadas em bases de dados reconhecidas, como PubMed, priorizando a literatura mais recente e relevante. Os resultados evidenciam que, embora haja avanços significativos na compreensão da fisiopatologia e no desenvolvimento de protocolos de reposição, persistem lacunas importantes relacionadas à padronização dos níveis séricos ideais, às indicações específicas para suplementação e à prevenção da hipervitaminose. Grupos populacionais vulneráveis, como idosos, pessoas com obesidade, pacientes com doenças hepáticas ou renais crônicas e indivíduos com baixa exposição solar, requerem abordagem clínica diferenciada. Conclui-se que a reposição de vitamina D deve ser individualizada, pautada em critérios clínicos, laboratoriais e nas diretrizes mais atualizadas, com o intuito de maximizar os benefícios terapêuticos e reduzir os riscos associados à deficiência prolongada.
Downloads
Referências
AMREIN, K. et al. Deficiência de vitamina D 2.0: uma atualização sobre a situação atual em todo o mundo. European Journal of Clinical Nutrition, v. 74, n. 11, p. 1498–1513, nov. 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
BIKLE, D. D. Metabolismo da vitamina D, mecanismo de ação e aplicações clínicas. Chemistry & Biology, v. 21, n. 3, p. 319–329, 20 mar. 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
CHANG, S. W.; LEE, H. C. Vitamina D e saúde: a vitamina que falta em humanos. Pediatrics & Neonatology, v. 60, n. 3, p. 237–244, jun. 2019. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
CIPRIANI, C.; CIANFEROTTI, L. Vitamina D no hipoparatireoidismo: insights sobre fisiopatologia e perspectivas na prática clínica. Endocrine, v. 81, n. 2, p. 216–222, ago. 2023. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.1007/s12020-023-03354-2
CZERICHNOW, S. et al. Ingestão de cálcio e vitamina D por mulheres pós-menopáusicas com osteoporose na França. Current Medical Research and Opinion, v. 26, n. 7, p. 1667–1674, jul. 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
ELANGOVAN, H.; CHAHAL, S.; GUNTON, J. E. Vitamina D na doença hepática: evidências atuais e possíveis direções. Biochimica et Biophysica Acta – Molecular Basis of Disease, v. 1863, n. 4, p. 907–916, abr. 2017. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.1016/j.bbadis.2017.01.001
ELLIOTT, M. E. et al. Riscos de fratura para mulheres em cuidados de longa duração: alta prevalência de osteoporose calcânea e hipovitaminose D. Pharmacotherapy, v. 23, n. 6, p. 702–710, jun. 2003. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
GRÖBER, U.; KISTERS, K. Influência de medicamentos no metabolismo da vitamina D e do cálcio. Dermatoendocrinology, v. 4, n. 2, p. 158–166, 1 abr. 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
HOLICK, M. F. Vitamina D: importante para a prevenção da osteoporose, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 1, doenças autoimunes e alguns tipos de câncer. Southern Medical Journal, v. 98, n. 10, p. 1024–1027, out. 2005. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
KENNEL, K. A.; DRAKE, M. T.; HURLEY, D. L. Deficiência de vitamina D em adultos: quando testar e como tratar. Mayo Clinic Proceedings, v. 85, n. 8, p. 752–757, ago. 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.4065/mcp.2010.0138
LEVIN, M. A. Diagnóstico e tratamento do raquitismo dependente de vitamina D. Frontiers in Pediatrics, v. 8, p. 315, 2020. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
NAEEM, Z. Deficiência de vitamina D: uma epidemia ignorada. International Journal of Health Sciences, v. 4, n. 1, p. V–VI, jan. 2010. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
NAIR, R.; MASEEH, A. Vitamina D: a vitamina do "sol". Journal of Pharmacology and Pharmacotherapeutics, v. 3, n. 2, p. 118–126, abr. 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
PALACIOS, C.; GONZALEZ, L. A deficiência de vitamina D é um grande problema global de saúde pública? Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, v. 144, pt. A, p. 138–145, out. 2014. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025. DOI: https://doi.org/10.1016/j.jsbmb.2013.11.003
PEREIRA-SANTOS, M. et al. Obesidade e deficiência de vitamina D: uma revisão sistemática e meta-análise. Obesity Reviews, v. 16, n. 4, p. 341–349, abr. 2015. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
PLUDOWSKI, P. et al. Diretrizes para suplementação de vitamina D. Journal of Steroid Biochemistry and Molecular Biology, v. 175, p. 125–135, jan. 2018. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
RAJAKUMAR, K. Vitamina D, óleo de fígado de bacalhau, luz solar e raquitismo: uma perspectiva histórica. Pediatrics, v. 112, n. 2, p. e132–e135, ago. 2003. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
SUGIMOTO, H.; SHIRO, Y. Diversidade e especificidade do substrato nas estruturas das enzimas esteroidogênicas do citocromo P450. Biological & Pharmaceutical Bulletin, v. 35, n. 6, p. 818–823, 2012. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
THOMAS, M. K. et al. Hipovitaminose D em pacientes internados. New England Journal of Medicine, v. 338, n. 12, p. 777–783, 19 mar. 1998. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
YEUNG, W. G.; TOUSSAINT, N. D.; BADVE, S. V. Terapia com vitamina D na doença renal crônica: uma avaliação crítica das evidências de ensaios clínicos. Clinical Kidney Journal, v. 17, n. 8, p. sfae227, ago. 2024. Disponível em: https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/. Acesso em: 23 jul. 2025.
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2010. 184 p. ISBN 978-85-224-5823-3.