MANEJO TERAPÊUTICO DA ENDOCARDITE INFECCIOSA: EVIDÊNCIAS RECENTES
DOI:
https://doi.org/10.56238/levv16n55-023Palavras-chave:
Endocardite Infecciosa, Antibioticoterapia, Equipe Multidisciplinar, Tratamento Cirúrgico, Estudo POET, Usuários de Drogas InjetáveisResumo
A endocardite infecciosa (EI) permanece uma condição grave com elevada taxa de mortalidade intra-hospitalar, apesar dos avanços médicos. Esta revisão narrativa analisa as evidências recentes sobre o manejo terapêutico da EI, destacando as mudanças no perfil epidemiológico, com o aumento de casos em idosos e usuários de drogas injetáveis, e a predominância do Staphylococcus aureus. O estudo discute a importância crítica da "equipe de endocardite" multidisciplinar para a melhoria dos desfechos clínicos. Um foco central é a mudança de paradigma trazida pelo estudo POET, que validou a transição da antibioticoterapia intravenosa para a oral em pacientes estáveis, permitindo a desospitalização precoce. Abordam-se também os desafios específicos da EI por Enterococcus faecalis, que exige terapias combinadas ou cirurgia para evitar recidivas, e a complexidade do tratamento em usuários de drogas, que demanda a integração da medicina da dependência ao cuidado cardiovascular.
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Referências
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