A ESCUTA SENSÍVEL COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA: ABORDAGEM INTEGRATIVA E INOVADORA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO

Autores

  • Cristiane Esteves Author

DOI:

https://doi.org/10.56238/levv14n32-028

Palavras-chave:

Escuta Sensível, Terapia Integrativa, Humanização, Empatia, Desenvolvimento Humano

Resumo

Este artigo analisa a escuta sensível como ferramenta terapêutica, compreendendo-a como prática integrativa e inovadora capaz de potencializar processos de humanização e desenvolvimento humano. A pesquisa, de natureza bibliográfica e qualitativa, fundamentou-se em autores clássicos da metodologia científica e em estudos recentes que evidenciam a importância da escuta na clínica, na saúde coletiva e em contextos educativos. Os resultados indicaram que a escuta sensível fortalece vínculos, legitima narrativas e promove ressignificações, configurando-se como tecnologia leve de cuidado que amplia a integralidade e favorece a autonomia dos sujeitos. Evidenciou-se que essa prática transcende o espaço clínico, estendendo-se a contextos pedagógicos e sociais, nos quais possibilita a emancipação, a autoria e a coautoria de processos. A análise também revelou que a escuta constitui inovação ao deslocar o cuidado do modelo biomédico para abordagens mais amplas, capazes de integrar dimensões cognitivas, emocionais, relacionais e espirituais. Durante a pandemia de COVID-19, a escuta mostrou-se essencial para lidar com sofrimento psíquico, luto e ansiedade, reforçando seu caráter indispensável em contextos de crise. Conclui-se que a escuta sensível não apenas enriquece práticas terapêuticas, mas também promove transformação social, ao oferecer espaço de acolhimento, diálogo e validação da experiência humana.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALMEIDA, Laurinda Ramalho de. Consideração positiva incondicional no sistema teórico de Carl Rogers. Temas em Psicologia, v. 17, n. 1, p. 197-202, 2009. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-389X2009000100011.

BARBIER, René. A escuta sensível na abordagem transversal. In: BARBOSA, Joaquim Gonçalves (org.). Multirreferencialidade nas ciências e na educação. São Carlos: EdUFSCar, 1998. p. 167-190.

BARBIER, René. A pesquisa-ação. Brasília: Plano Editora, 2002.

DOURADO, Ana Maria; QUIRINO, Carlos Augusto; LIMA, Maria Betânia Alves; MACÊDO, Silvana. Experiências de estudantes de psicologia em oficinas de desenvolvimento da escuta. Revista da Abordagem Gestáltica, v. 22, n. 2, p. 209-218, 2016. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1809-68672016000200011.

ERSKINE, Richard G.; MOURSUND, Janet P. Integrative psychotherapy: the art and science of relationship. London: Phoenix Publishing House, 2022.

GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 7. ed. São Paulo: Atlas, 2019.

GUANAES-LORENZI, Carla. A construção do cuidado no diálogo entre usuários e profissionais de saúde. Saúde & Transformação Social, v. 4, n. 3, p. 43-51, 2013. Disponível em: http://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/2157.

KALICHMAN, Ariadne O.; AYRES, José Ricardo de C. M. Integralidade e tecnologias de atenção à saúde: uma narrativa sobre contribuições conceituais à construção do princípio da integralidade no SUS. Cadernos de Saúde Pública, v. 32, n. 8, e00183415, 2016. DOI: https://doi.org/10.1590/0102-311X00183415.

MARCONI, Marina de Andrade; LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de metodologia científica. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2017.

MAYNART, Willams Henrique da Costa; ALBUQUERQUE, Maria Cícera dos Santos de; BRÊDA, Mércia Zeviani; JORGE, Jorgina Sales. A escuta qualificada e o acolhimento na atenção psicossocial. Acta Paulista de Enfermagem, v. 27, n. 4, p. 300-304, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/ape/a/tg5PYmrpJm9xR9c2mMCWqSc.

MESQUITA, Ana Cláudia; CARVALHO, Emília Campos de. A escuta terapêutica como estratégia de intervenção em saúde: revisão integrativa. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v. 48, n. 6, p. 1127-1136, 2014. Disponível em: https://www.scielo.br/j/reeusp/a/5WwTvQ5q7F6qvhBrDMLWBcG.

PONTES, Rosana Aparecida Ferreira; CANCHERINI, Ângela; FRANCO, Maria Amélia Santoro. A escuta sensível como instrumento metodológico. Revista CAMINE: Caminhos da Educação, v. 4, n. 2, 2012. Disponível em: https://seer.franca.unesp.br/index.php/caminhos/article/view/619.

ROGERS, Carl R. Tornar-se pessoa. 9. ed. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2009.

SANTOS, Angélica Brandão. Escuta qualificada como ferramenta de humanização do cuidado em saúde mental na Atenção Básica. APS em Revista, v. 1, n. 2, p. 170-179, 2019. Disponível em: https://apsemrevista.org/aps/article/view/23.

SOUZA, Suzy Anne Lopes de; SILVEIRA, Lia Márcia Cruz da. (Re)Conhecendo a escuta como recurso terapêutico no cuidado à saúde da mulher. Psicologia e Saúde, v. 11, n. 1, p. 19-42, 2019. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S2177-093X2019000100002.

TUMA, Maria Carolina Braga; HORTA, Ana Lucia de Moraes; MAZZAIA, Maria Cristina. Saúde mental durante a pandemia COVID-19: escuta é imprescindível. Acta Paulista de Enfermagem, v. 34, Editorial, 2021. DOI: https://doi.org/10.37689/acta-ape/2021EDT00024.

Downloads

Publicado

2024-01-21

Como Citar

ESTEVES , Cristiane. A ESCUTA SENSÍVEL COMO FERRAMENTA TERAPÊUTICA: ABORDAGEM INTEGRATIVA E INOVADORA NO DESENVOLVIMENTO HUMANO. LUMEN ET VIRTUS, [S. l.], v. 14, n. 32, 2024. DOI: 10.56238/levv14n32-028. Disponível em: https://periodicos.newsciencepubl.com/LEV/article/view/PSA55. Acesso em: 5 dez. 2025.