EJA E INCLUSÃO DIGITAL: POSSIBILIDADES DE TRANSFORMAÇÃO SOCIAL

Resumo

Este artigo teve como objetivo compreender o papel das tecnologias digitais na Educação de Jovens e Adultos (EJA), com foco na promoção da autonomia discente, no estímulo ao engajamento escolar e na inclusão digital como expressão de justiça social. O estudo abordou a relação entre mediações tecnológicas e práticas pedagógicas críticas, considerando as especificidades do público atendido pela EJA. Para tanto, adotou-se uma metodologia de natureza bibliográfica, centrada na análise de publicações científicas recentes disponíveis em bases acadêmicas abertas, utilizando critérios de seleção por recorte temporal, relevância temática e vínculo institucional. As fontes analisadas permitiram examinar experiências formativas que evidenciaram a eficácia das metodologias ativas, a redução do absenteísmo por meio da personalização de conteúdos digitais e os desafios estruturais que comprometem o acesso equitativo às tecnologias. Verificou-se que a inclusão digital, quando pensada como prática pedagógica e política, favoreceu o protagonismo dos sujeitos da EJA, ao passo que sua ausência reforçou desigualdades educacionais e sociais. Constatou-se, ainda, a necessidade de políticas públicas que priorizem a infraestrutura tecnológica, a formação docente continuada e o reconhecimento da EJA como direito social. Os resultados indicaram que a mediação digital, se adequadamente planejada, pode potencializar aprendizagens significativas e fortalecer o vínculo entre os estudantes e o espaço escolar.