POR UMA EDUCAÇÃO PLURAL E MULTICULTURAL: ESCOLAS E PRÁTICAS DOCENTES FRONTEIRIÇAS

Resumo

Esse artigo, na forma de ensaio de cunho teórico-bibliográfico, tem como intenção refletir sobre como a rede pública de ensino tem se estruturado para receber esses estudantes migrantes e qual tem sido o papel da formação docente nesse processo. Partimos da realidade fronteiriça de Corumbá, a oeste de Mato Grosso do Sul, com seu intenso fluxo migratório com as cidades bolivianas de Puerto Quijarro e Puerto Suaréz, para nos aproximar da realidade educacional de escolas localizadas em fronteiras internacionais e as especificidades da prática dos docentes nessas escolas que recebem, historicamente, um contingente de estudantes migrantes internacionais majoritariamente hispanofalantes. Mais do que um desafio, esse contexto pode ser uma oportunidade de construção de uma educação mais plural, sensível às diferenças e comprometida com os direitos humanos. Para isso, é imprescindível investir na formação docente, no desenvolvimento de práticas pedagógicas inclusivas e na valorização da diversidade cultural como eixo estruturante do processo educativo.