BOAS PRÁTICAS E DESAFIOS NA SEGURANÇA DO PACIENTE EM TERAPIA INTENSIVA
Palavras-chave:
Unidades de Terapia Intensiva, Segurança do Paciente, Melhoria da QualidadeResumo
As Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são ambientes de alta complexidade e risco, onde a segurança do paciente constitui um desafio constante e prioritário. Esta revisão narrativa tem como objetivo sintetizar as evidências científicas sobre as melhores práticas e os principais desafios para a promoção de um cuidado seguro em UTIs. A metodologia baseou-se em uma análise da literatura pertinente. Os resultados indicam que os desafios centrais incluem a prevalência de uma cultura punitiva que inibe a notificação de incidentes, falhas na comunicação interprofissional e no trabalho em equipe, além de deficiências organizacionais como sobrecarga de trabalho e apoio gerencial insuficiente. Em contrapartida, as boas práticas mais eficazes envolvem a implementação de uma cultura de segurança justa e transparente, o uso de sistemas de notificação com feedback estruturado, a aplicação de pacotes de cuidados (bundles) para prevenção de infecções, a utilização de simulação in situ para identificar ameaças latentes à segurança, e o fortalecimento do ambiente de trabalho por meio do empoderamento da equipe e da garantia de recursos adequados. Conclui-se que a melhoria da segurança do paciente em UTI exige uma abordagem sistêmica e multifacetada, focada no aprimoramento dos processos, na otimização do ambiente de trabalho e no suporte contínuo aos profissionais de saúde, em detrimento de intervenções focadas apenas no erro individual.