O ENSINO DAS LUTAS BASEADA NA PEDAGOGIA DO ESPORTE E NOS JOGOS DE OPOSIÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2024.002-144Palavras-chave:
Lutas, Jogos de Oposição, Pedagogia das LutasResumo
O estudo discute o ensino das lutas em ambientes não formais, tomando como base a Pedagogia do Esporte e os Jogos de Oposição. As lutas, historicamente ligadas à sobrevivência e ao combate, hoje são reconhecidas como práticas educativas que favorecem o desenvolvimento físico, cognitivo e socioafetivo. Entretanto, ainda enfrentam preconceitos relacionados à violência. O trabalho defende que, quando bem estruturadas, podem promover disciplina, respeito, cooperação e autoconhecimento. Nos ambientes não formais, como academias, clubes e projetos sociais, o ensino das lutas deve considerar fatores sociais, culturais e pedagógicos, adaptando-se ao perfil dos praticantes, sobretudo crianças. Muitas vezes, a formação dos instrutores é marcada pela tradição da “escola de ofício”, centrada em métodos empíricos e hierárquicos. Nesse contexto, os Jogos de Oposição surgem como alternativa metodológica lúdica, capaz de aproximar os alunos das modalidades de combate sem a rigidez técnica inicial. Tais jogos estimulam enfrentamentos controlados, respeitando regras e promovendo o desenvolvimento motor, cognitivo e social, além de incentivar a cooperação e a resolução de conflitos. A pesquisa ressalta a importância de ressignificar os rituais e tradições das artes marciais, contextualizando-os pedagogicamente para que sejam compreendidos e valorizados pelos alunos. Para o público infantil, a ludicidade e a subjetividade devem ser priorizados, evitando a ênfase em rendimento e competição precoce. Conclui-se que o ensino das lutas em contextos não formais deve ser inclusivo, crítico e humanizado, integrando valores culturais e sociais com metodologias modernas que incentivem a participação, a formação cidadã e o bem-estar.