BIOTECNOLOGIA MARINHA NO NORDESTE BRASILEIRO: POTENCIAL DA BIODIVERSIDADE PARA A INOVAÇÃO EM SAÚDE E SUSTENTABILIDADE AMBIENTAL
DOI:
https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.025-004Palavras-chave:
Biotecnologia Marinha, Biodiversidade, Sustentabilidade RegionalResumo
A biotecnologia marinha tem se consolidado como uma das frentes mais inovadoras da bioeconomia sustentável, oferecendo soluções promissoras para os desafios globais nas áreas da saúde, alimentação, energia e meio ambiente. No contexto brasileiro, a região Nordeste se destaca por abrigar uma das maiores biodiversidades marinhas do Atlântico Sul, representando um verdadeiro laboratório natural para o desenvolvimento de biotecnologias baseadas em recursos aquáticos. Este capítulo tem como objetivo analisar o potencial biotecnológico dos organismos marinhos do Nordeste brasileiro, com destaque para suas aplicações nas áreas de saúde e sustentabilidade ambiental, além de identificar os principais desafios e oportunidades para o avanço da biotecnologia marinha na região. A metodologia adotada consistiu em uma revisão bibliográfica sistemática de artigos científicos, relatórios técnicos e documentos institucionais publicados nos últimos anos, com ênfase em autores contemporâneos e bases de dados reconhecidas como Scopus, Web of Science e SciELO. Os resultados indicam que, embora existam iniciativas relevantes em curso, o setor ainda enfrenta barreiras como escassez de investimentos, lacunas regulatórias, fragilidade na infraestrutura científica e insuficiência na formação de profissionais especializados. Por outro lado, foram identificadas áreas estratégicas com alto potencial de inovação, como a utilização de microalgas para produção de biocombustíveis e compostos bioativos, o aproveitamento de organismos marinhos para fármacos e cosméticos, e o desenvolvimento de tecnologias para a biorremediação de ambientes costeiros. O estudo conclui que a consolidação da biotecnologia marinha no Nordeste depende da articulação de políticas públicas integradas, do fortalecimento das redes de pesquisa, do incentivo à cooperação entre instituições científicas e setor produtivo, e da valorização do capital humano regional. Essas ações são essenciais para transformar a riqueza marinha da região em um vetor de desenvolvimento econômico, sustentável e inclusivo.