O PAPEL DO ENFERMEIRO NO MANEJO NÃO FARMACOLÓGICO DA DOR PEDIÁTRICA: ESTRATÉGIAS LÚDICAS E HUMANIZAÇÃO

Autores

  • Barbara Santana Gomes Autor
  • Beatriz Nogueira Barbosa Carvalho Autor
  • Gabriela Carmo Marchiori Azzolin Autor
  • Maísa Axcar Fernandes Autor
  • Maria Luísa Sousa Severo Marques Autor
  • Yara Maria Randi Autor

Palavras-chave:

Dor Pediátrica, Avaliação da Dor, Intervenções não Farmacológicas, Humanização Hospitalar, Conforto Infantil

Resumo

A dor pediátrica constitui um fenômeno complexo, influenciado por fatores fisiológicos, emocionais e socioculturais, e permanece subavaliada em diversos contextos assistenciais. Este estudo teve como objetivo analisar as evidências científicas sobre a avaliação da dor em crianças, as estratégias de humanização hospitalar e as intervenções não farmacológicas utilizadas no manejo da dor pediátrica. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada nas bases SciELO, BVS e PePSIC entre setembro e outubro de 2025, utilizando descritores controlados em português e inglês. Foram incluídos artigos originais publicados entre 1993 e 2025, envolvendo crianças de 0 a 12 anos em contexto hospitalar ou ambulatorial. Após aplicação dos critérios de elegibilidade, 20 estudos compuseram a amostra final. Os resultados apontam que a avaliação da dor deve considerar o estágio de desenvolvimento infantil, destacando-se escalas comportamentais para neonatos (PIPP, N-PASS, COMFORT) e ferramentas como FLACC, FPS-R e Wong-Baker para crianças pré-verbais e maiores. As intervenções não farmacológicas demonstraram eficácia significativa, com destaque para o uso de sacarose e sucção não nutritiva em neonatos, bem como distração audiovisual, contação de histórias, respiração guiada e dispositivos dessensibilizadores (como Buzzy® e Pikluc®) em crianças maiores. A humanização do ambiente hospitalar, incluindo brinquedotecas, ludoterapia, acolhimento psicológico e participação ativa de familiares, mostrou contribuir para a redução da ansiedade, melhoria da adaptação e fortalecimento do vínculo terapêutico. Conclui-se que o manejo da dor pediátrica exige abordagem multiprofissional, sistemática e centrada na criança, integrando avaliação adequada, intervenções não farmacológicas e práticas de humanização. A incorporação dessas estratégias aos protocolos institucionais pode aprimorar a qualidade da assistência, reduzir experiências traumáticas e promover maior conforto e segurança à criança e sua família.

DOI: https://doi.org/10.56238/edimpacto2025.078-001

Publicado

2025-12-04