INTEGRAÇÃO DE ANTICORPOS E NANOPARTÍCULAS METÁLICAS EM SISTEMAS DE DIAGNÓSTICO DE MICOTOXINAS: PRIMEIROS PASSOS NO DESENVOLVIMENTO DE BIOSSENSORES PARA OCRATOXINA A
Palavras-chave:
Nanopartículas de Ouro, Ocratoxina A, Anticorpos Monoclonais, Biossensores, Funcionalização, EspectrofotometriaResumo
A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina produzida por fungos dos gêneros Aspergillus e Penicillium, frequentemente detectada em produtos de origem vegetal, como sementes, grãos, cereais e rações. Essa toxina apresenta reconhecido potencial carcinogênico, além de efeitos neurotóxicos, nefrotóxicos e imunotóxicos, representando risco à saúde humana e animal, bem como prejuízos econômicos à cadeia produtiva. Devido às baixas concentrações em que ocorre em matrizes alimentares, sua detecção requer métodos analíticos sensíveis e específicos. Este trabalho teve como objetivo padronizar a etapa inicial de acoplamento de anticorpos monoclonais anti-OTA (mAbOTA) a nanopartículas de ouro (AuNP), visando o desenvolvimento futuro de biossensores para detecção da toxina em amostras biológicas e alimentares. Foram testadas concentrações de 1×10¹⁴, 1×10¹³ e 1×10¹² partículas de AuNP/mL, sob diferentes condições de agitação. O acoplamento foi avaliado por espectrofotometria de varredura (400–1000 nm), comparando os espectros de absorção das AuNP puras, funcionalizadas com mAbOTA e controles em solução salina. A melhor condição obtida foi com AuNP a 1×10¹³ partículas/mL e mAbOTA a 50 µg/mL, utilizando agitação magnética por 16 horas (overnight). Os resultados indicam a viabilidade do acoplamento inicial e fornecem subsídios para ajustes nas condições de funcionalização e detecção, a serem explorados em etapas posteriores do desenvolvimento do ensaio.