EDUCAÇÃO FINANCEIRA ENTRE ALUNOS DOS CURSOS TÉCNICOS DE NÍVEL MÉDIO DA REDE PÚBLICA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO
Palavras-chave:
Ensino Médio, Ensino Técnico, Escolas Públicas, BNCC, Matemática Financeira, Educação FinanceiraResumo
Este trabalho investiga a contribuição do ensino de matemática financeira para o desenvolvimento de práticas de educação financeira entre alunos dos cursos técnicos de nível médio em administração e em gerência em saúde, disponíveis em uma escola pública estadual do Rio de Janeiro. A pesquisa tem como ponto de partida a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), publicada em 2018, que estabeleceu a educação financeira como um tema transversal no currículo da educação básica brasileira e destaca a importância de desenvolver competências essenciais como planejamento financeiro, consumo consciente e a gestão responsável dos recursos. A metodologia adotada foi quanti-qualitativa, com aplicação de questionários semiestruturados a estudantes das 2ª e 3ª séries dos cursos técnicos de nível médio em administração e em gerência em saúde na modalidade integrado. Os resultados revelam que os alunos reconhecem a importância da matemática financeira para a vida cotidiana, especialmente em conceitos como porcentagem, juros, descontos e planejamento financeiro. Muitos relataram aplicar esses conhecimentos em situações reais, como cálculo de descontos, financiamentos, rendimentos e organização do orçamento pessoal e familiar. Entretanto, a pesquisa também identificou desafios, como a dificuldade de compreensão de termos técnicos, a falta de contextualização dos conteúdos e a escassez de atividades práticas. Os alunos sugerem um ensino mais dinâmico, com exemplos do cotidiano, simulações e temas atuais, o que reforça a necessidade de metodologias mais conectadas à realidade dos estudantes. Conclui-se que o ensino da matemática financeira, quando alinhado às diretrizes da BNCC e às necessidades concretas dos alunos, torna-se um componente eficaz para promover a educação financeira e formar cidadãos mais críticos, autônomos e preparados para lidar com os desafios econômicos da vida adulta.