NA REDE DA LINGUAGEM: EDUCAÇÃO E ENSINO DE LITERATURA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-062Palavras-chave:
Linguagem, Educação Literária, Ensino de LiteraturaResumo
O artigo discute a centralidade da linguagem como forma de mediação entre o homem e o mundo, evidenciando suas dimensões verbal e não verbal nas práticas educativas. Fundamentado em autores como Merleau-Ponty (2002/2004), Foucault (1987), Cassirer (2012), Peirce (2010) e Barthes (1997); o texto aborda a linguagem como fenômeno vivo, em constante movimento e significação, responsável por articular pensamento, sensibilidade e expressão. Defende-se que a linguagem literária, em diálogo com outras manifestações artísticas, como pintura, fotografia, cinema e outras, potencializa o desenvolvimento criativo e humanizador dos sujeitos. Nessa perspectiva, o ensino de literatura deve promover uma leitura intersemiótica, capaz de integrar diferentes linguagens e formar leitores críticos e sensíveis. Assim, a escola é concebida como espaço de interação estética e cognitiva, onde as múltiplas linguagens se cruzam, contribuindo para a formação integral do indivíduo e para uma educação pautada na experiência, na imaginação e na transformação humana.
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