A DIALOGICIDADE NO ENSINO MÉDIO: PROPOSTA PARA A CONQUISTA DA AUTONOMIA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n11-044Palavras-chave:
Diálogo Pedagógico, Consciência Crítica, Educação Democrática, Ensino MédioResumo
A educação brasileira está enfrentando novos velhos problemas, provocados pelo sistema neoliberal vigente em nosso território. Esse sistema vê o educando somente como massa de manobra, para enriquecimento da elite e como pedra angular de seu objetivo principal: o lucro. Por isso, políticos, empresários, oligarquias, meios de comunicação de massa, elite brasileira não têm interesse em desenvolver uma educação pautada no diálogo, na democracia, pois essa gera a autonomia do sujeito. Paulo Freire, no livro “Educação como Prática da Liberdade”, entre outros escritos, convida-nos a enxergar que a colonização, instituída em nosso território, produziu uma acomodação intelectual, acrescida da negligência ao descaso com a educação, refletida na inexperiência democrática. Para superar essa inexperiência e a cultura massificadora, se faz necessário uma educação crítica, criticizadora que desperte nos educandos reflexões onde eles tenham a criatividade na conquista da autonomia do pensar. Esse artigo, um estudo de novos e velhos temas, pretende investigar, na literatura freireana e afins, a prática da dialogicidade como objeto de conquista da autonomia e da liberdade no Ensino Médio, no qual a criatividade, o estudo, a humildade pedagógica se façam presente, visando um paradigma educacional diferente: Educação Libertadora. O percurso metodológico foi desenvolvido por uma revisão bibliográfica narrativa do tipo geral, de abordagem qualitativa, cujos resultados indicaram a necessidade de instituir o diálogo pedagógico no Ensino Médio, objetivando o evoluir da consciência ingênua para a consciência crítica.
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