MOVIMENTO SINDICAL E A ATIVIDADE DOCENTE NO ENSINO SUPERIOR PÚBLICO: UM OLHAR SOBRE AS AÇÕES SOCIAIS A PARTIR DOS ANOS 1990
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev6n2-227Palavras-chave:
Educação, Docência, UniversidadeResumo
Esse texto apresenta um olhar sobre as ações sociais a partir dos anos 1990 do movimento sindical e das atividades docentes no ensino superior público. O estudo parte da análise das mudanças no mundo do trabalho, desde a Revolução Industrial até o modelo toyotista, que impactaram a organização e as lutas da classe trabalhadora. Em seguida, aborda a transição do sindicalismo combativo para um modelo propositivo, exemplificado pela Central Única dos Trabalhadores (CUT), e as consequências dessa mudança para a luta por direitos. Por fim, debruça-se sobre a realidade da atividade docente no ensino superior, marcado pela precarização, pela ideologia meritocrática e pela fragmentação das pautas sindicais. A pesquisa de campo, realizada com professores de uma universidade pública do Paraná, revela o distanciamento dos docentes em relação às lutas sindicais, a não identificação com a classe trabalhadora e a contradição entre a busca por qualificação individual e a necessidade de uma luta coletiva. A partir dessa pesquisa, é possível inferir que o sindicalismo docente na universidade pública enfrenta o desafio de resgatar sua essência combativa e de unificar a categoria em torno de pautas que enfrentem a lógica do capital e a precarização do trabalho.
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Referências
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BOITO, J.R.A. Hegemonia Neoliberal e Sindicalismo no Brasil. Crítica Marxista, São Paulo, n. 3, p. 80-105, 1996. DOI: https://doi.org/10.53000/cma.v3i3.19883