CLIMA, MORFOMETRIA E EROSIVIDADE EM UNIDADE HIDROGRÁFICA DO CERRADO DO DF: IMPLICAÇÕES SOCIOAMBIENTAIS E DIREITOS DIFUSOS
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-250Palavras-chave:
Mudanças Climáticas, Erosividade da Chuva, Serviços Ecossistêmicos, Recarga Hídrica, Direitos Difusos, Objetivos de Desenvolvimento SustentávelResumo
As mudanças climáticas globais tendem a gerar insegurança, com o aumento da frequência e intensidade de eventos extremos. Esses efeitos são agravados por processos antrópicos como a urbanização desordenada em áreas estratégicas para a recarga hídrica e o amortecimento de impactos negativos, comprometendo o direito difuso ao meio ambiente equilibrado e sustentável para as gerações futuras. Este estudo realizou uma análise climática e hidrológica de uma unidade hidrográfica na microbacia do Córrego Tamanduá, situada no Cerrado do Distrito Federal. A abordagem enfatizou a caracterização morfométrica da bacia e os efeitos de alterações nos padrões de precipitação sobre a erosividade das chuvas (fator R da RUSLE). Foram utilizados dados pluviométricos organizados em três séries temporais (1971 a 2001, 2002 a 2012 e 2015 a 2024). Foram avaliados tanto o efeito dos níveis totais de precipitação quanto da concentração desta. Como indicadores de concentração dos eventos chuvosos foram utilizados os índices PCI (já consagrado) e ISC (proposto com o auxílio de ferramenta de IA generativa a partir de bootstrap com 10.000 combinações e IC 95%). Os resultados indicam mudanças na distribuição das chuvas, principalmente no período recente, com aumento da sazonalidade e da estimativa da erosividade, o que intensifica a vulnerabilidade hídrica. Conclui-se que tais alterações representam uma ameaça concreta ao direito coletivo e intergeracional ao meio ambiente equilibrado, fato esse agravado pela urbanização desordenada e outras ações antrópicas que causem degradação de áreas que cumprem importante papel no oferecimento do serviço ecossistêmico de produção de água.