A EDUCAÇÃO NA ERA DAS CONEXÕES INTELIGENTES: INTERFACES CRIATIVAS E DESAFIOS ÉTICOS NA FORMAÇÃO CONTEMPORÂNEA
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-248Palavras-chave:
Cultura Digital, Formação Docente, Inteligência Artificial, Ética Educacional, Inclusão TecnológicaResumo
A multiplicação de interfaces inteligentes e o predomínio de redes conectivas têm deslocado contornos tradicionais do trabalho educativo, inaugurando zonas de incerteza e possibilidades de reinvenção formativa. O presente estudo tem como objetivo compreender como as conexões inteligentes e os repertórios digitais surgem como vetores de transformação, questionando concepções consolidadas de mediação pedagógica e responsabilidade docente. A pesquisa se configura como investigação bibliográfica, fundamentada em produções que interpelam o imaginário tecnológico, evidenciam contradições políticas e sinalizam caminhos para uma prática educativa sensível à complexidade contemporânea. Argumenta-se que a adesão acrítica a plataformas e algoritmos tende a converter a experiência formativa em processos fragmentados, pautados por métricas e lógicas de mercado. Em contrapartida, observa-se que iniciativas ancoradas na reflexão coletiva e na colaboração horizontal podem potencializar práticas emancipadoras e fortalecer vínculos ético-afetivos. Reconhecer a ambiguidade do cenário digital implica situar o docente como sujeito ético capaz de discernir entre recursos que expandem a autonomia e dispositivos que instrumentalizam relações. Assim, admitir a incerteza como parte do percurso e valorizar a construção partilhada do conhecimento surge como condição para instaurar dinâmicas formativas comprometidas com a pluralidade. O estudo contribui para situar criticamente os contornos ético-políticos da educação na era das conexões inteligentes, inspirando práticas pedagógicas inventivas e inclusivas.