EFEITOS DO TREINAMENTO DE FORÇA COM OCLUSÃO VASCULAR PARCIAL DO FLUXO SANGUÍNEO SOBRE O GANHO DE FORÇA E O DIÂMETRO DO BRAÇO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-171Palavras-chave:
Treinamento de Resistência, Restrição do Fluxo Sanguíneo, Força Muscular, Hipertrofia MuscularResumo
O treinamento de força (TF) é amplamente utilizado por seus benefícios, como aumento de força muscular e hipertrofia, mas a prática com cargas elevadas (60-80% de 1RM) impõe estresse articular, limitando seu uso em populações vulneráveis. Como alternativa, o treinamento com oclusão vascular parcial (Kaatsu Training), realizado com cargas menores (20-50% de 1RM), promove adaptações metabólicas e ganhos de força com menor sobrecarga. Este estudo teve como objetivo analisar os efeitos do treinamento de força com oclusão vascular parcial sobre a força muscular e o diâmetro do braço em homens jovens treinados. Foi conduzido um estudo experimental, longitudinal e quantitativo, com 11 homens (20-34 anos), praticantes regulares de TF. Os participantes foram distribuídos aleatoriamente em dois grupos: Controle (treinamento tradicional) e Intervenção (treinamento com oclusão). O protocolo durou oito semanas (três sessões semanais), com avaliações de força (1RM) e circunferência do braço realizadas antes e após o período de intervenção. Os resultados mostraram aumentos significativos de força em ambos os grupos: Controle (+10,20%) e Intervenção (+8,68%), sem diferença estatística entre eles. Não foram observadas alterações significativas na circunferência muscular; ambos os grupos apresentaram leve redução média no diâmetro do braço. A análise de covariância revelou que o tipo de treinamento não influenciou significativamente os ganhos de força nem as alterações morfológicas, sendo o desempenho inicial o principal preditor dos resultados. Conclui-se que o treinamento com oclusão vascular parcial é eficaz para promover ganhos de força com cargas reduzidas e menor estresse articular, sendo uma alternativa viável para indivíduos com restrições ao treinamento convencional. No entanto, a ausência de hipertrofia sugere a necessidade de estudos com maior duração e controle de variáveis externas para melhor elucidar seus efeitos morfológicos.