EFEITO DOS EXERCÍCIOS VESTIBULARES E DO TREINAMENTO MULTIFUNCIONAL NO EQUILÍBRIO CORPORAL E QUALIDADE DE VIDA EM IDOSOS COM HIPOFUNÇÃO
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-173Palavras-chave:
Hipofunção Vestibular Periférica, Sistema Vestibular, IdososResumo
A percepção do movimento é captada e processada por mecanismos proprioceptivos e pelo sistema vestibular. Quando uma das fontes sensoriais é insuficiente, o sistema nervoso ajusta a principal fonte de captação sensorial. A hipofunção vestibular periférica, comum em idosos, pode levar a vertigem e instabilidade. O treinamento multifuncional (ETM) pode potencialmente melhorar a função vestibular e a qualidade de vida dos idosos. Este estudo teve como objetivo analisar a eficácia dos exercícios vestibulares de adaptação combinados com exercícios de treinamento multifuncional (ETM) no equilíbrio corporal e na qualidade de vida de idosos com hipofunção vestibular periférica. Foi conduzido um estudo observacional do tipo coorte prospectivo com idosos diagnosticados com hipofunção vestibular unilateral, identificada por nistagmo e/ou teste de impulso cefálico. Os participantes foram divididos em dois grupos: Grupo 1 (exercícios de estabilidade do olhar - EEO) e Grupo 2 (EEO combinado com ETM). Ambos os grupos foram avaliados semanalmente por 30 dias utilizando a Escala Visual Analógica (EVA) para medir a intensidade da tontura, o Mini-BESTest para avaliar o equilíbrio, o teste de Acuidade Visual Dinâmica Computadorizada (AVDC) e o questionário Dizziness Handicap Inventory (DHI) para determinar a qualidade de vida. As análises comparativas entre os grupos foram realizadas utilizando o teste-t pareado para características quantitativas e testes de qui-quadrado ou Wilcoxon para características qualitativas. Observou-se uma redução significativa de 5,07 para 1,13 na EVA, indicando uma melhora nos sintomas de tontura. O teste de impulso cefálico mostrou melhora em algumas direções, mas sem diferença significativa entre EEO e ETM nas variáveis avaliadas. O DHI também revelou uma redução significativa dos escores, de 45,50 para 12,00, indicando uma melhora global dos sintomas. Apesar disso, a limitação no número de participantes comprometeu a capacidade de generalização dos resultados e identificar os efeitos dos treinamentos separadamente.