AQUICULTURA NO BRASIL – ANÁLISE DA EVOLUÇÃO DO SETOR ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2023
DOI:
https://doi.org/10.56238/arev7n7-114Palavras-chave:
Economia agropecuária, Aquicultura, Piscicultura, CarciniculturaResumo
Embora o agronegócio brasileiro seja potência internacional, com destaque para a produção de grãos e carnes, o desempenho da aquicultura nacional ainda é baixo, representando menos de 1% da produção mundial. Todavia, a aquicultura no Brasil cresceu consideravelmente nos últimos anos, contribuindo para aumentar a oferta de pescados no mercado interno. A atividade aquícola se encontra presente em todas as regiões do país, produzindo diferentes tipos de peixes, camarões e moluscos. Com o objetivo de maximizar a capacidade que o Brasil apresenta para esse setor, dado seus vastos recursos hídricos, estudos que mapeiem a evolução dessa produção bem como seus potenciais e limitações se fazem necessários para o futuro da atividade. Nesse sentido, este trabalho buscou analisar as mudanças na produção aquícola do país nos últimos dez anos, focando na evolução e dispersão geográfica dessa produção para seus três principais setores: Piscicultura, Carcinicultura e Malacocultura. Os resultados apontam que o considerável crescimento da aquicultura brasileira tem sido puxado pela Piscicultura (com destaque para a Tilápia) e Carcinicultura, ao passo que a Malacocultura tem apresentado contínuas quedas em sua produção, contribuindo negativamente para o setor. Ademais, a distribuição da produção aquícola entre os estados é bastante heterogênea: enquanto a Piscicultura está relativamente bem distribuída pelo país (com destaque para o Paraná), quase toda produção da Carcinicultura se concentra no Nordeste (especialmente no Ceará), enquanto Santa Catarina responde por mais de 90% da produção da Malacocultura.